Celulares: mercado anda de lado em 2019 na América Latina (Pixabay/Reprodução)
Lucas Agrela
Publicado em 2 de março de 2020 às 18h21.
Última atualização em 2 de março de 2020 às 18h23.
São Paulo – O mercado de smartphones ficou estagnado em 2019 na América Latina, de acordo com um novo relatório da consultoria chinesa Counterpoint Research. Em 2018, foi registrada a primeira desaceleração do mercado na região, com queda de 1%. Mesmo com esse cenário, as três maiores fabricantes de dispositivos móveis aumentaram suas respectivas participações de mercado. Com isso, o mercado se torna mais concentrado nas marcas Samsung, Motorola e Huawei. Juntas, as empresas detêm 66,5% do mercado total da região, um aumento de mais de 5% no ano.
A Apple, cujo iPhone XR foi o aparelho mais vendido do mundo em 2019, aparece em quinto lugar nas vendas da América Latina.
O segmento de mercado que mais cresceu no ano passado foi o de dispositivos intermediários. O motivo para isso foi uma disputa de vendas com preços agressivos pelas três fabricantes que lideram o mercado.
"A desaceleração no número de unidades não foi acompanhado por um aumento no preço médio dos produtos. Durante o ano de 2019, vimos tanto a venda de dispositivos ultra-básicos (com preços inferiores a 75 dólares) quanto de produtos avançados (com preços acima de 500 dólares) apresentando quedas de participação de mercado, enquanto a categoria que cresceu foi a com preços de 100 a 250 dólares. A série Galaxy A, da Samsung, as linhas Moto E e G da Motorola e as séries Y e P da Huawei lideraram esse crescimento do segmento intermediário na região", diz, em nota, Tina Lu, analista sênior da Counterpoint Research.
A empresa que mais cresceu em volume de vendas no ano de 2019 na América Latina foi a Motorola, que é presidida pelo brasileiro Sergio Buniac desde 2018. O aumento foi de 20% e a consultoria atribui o número a um aumento de vendas no México, na Colômbia e no Chile. Ainda assim, a sul-coreana Samsung liderou o mercado de celulares da região durante o ano todo e detém mais de duas vezes a parcela de mercado da segunda colocada Motorola.
O relatório aponta também que a chinesa Huawei tenta entrar com mais força no mercado brasileiro, apesar de já importar produtos para o país e de possuir duas lojas de marca própria em São Paulo. Já a LG segue o caminho reverso e se mantém entre as cinco fabricantes que mais vendem smartphones apenas no Brasil e na Argentina.
Veja, no ranking abaixo, as fabricantes com maior participação de mercado na América Latina e a variação anual entre 2018 e 2019, que mostra o aumento da concentração do mercado nas três líderes.