Tecnologia

Mercadão de cibercrime vende servidores a partir de US$6

O grupo oferece acesso a computadores comprometidos controlados por governos, companhias e universidades em 173 países


	Hacker: Pesquisadores da Kaspersky Lab afirmou que o fórum online parece ser dirigido por um grupo que fala russo
 (Getty Images)

Hacker: Pesquisadores da Kaspersky Lab afirmou que o fórum online parece ser dirigido por um grupo que fala russo (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 11h49.

Frankfurt - Um grande mercado paralelo que age como um eBay para criminosos está vendendo acesso a mais de 70 mil servidores infectados que permite aos compradores promover ciberataques ao redor do mundo, afirmaram especialistas em segurança digital nesta quarta-feira.

Pesquisadores da Kaspersky Lab, uma companhia de segurança de computadores sediada na Rússia, afirmou que o fórum online parece ser dirigido por um grupo que fala russo.

O grupo oferece acesso a computadores comprometidos controlados por governos, companhias e universidades em 173 países, sem conhecimento dos usuários legítimos destas máquinas.

O acesso custa a partir de 6 dólares por servidor corrompido. Cada acesso veem com uma variedade de softwares para promoção de ataques de negação de serviço em outras redes, lançamento de campanhas de spam, produção ilícita de bitcoins ou comprometer sistemas de pagamento online, disseram os pesquisadores.

A partir de 7 dólares, os compradores ganham acesso a servidores governamentais em vários países, incluindo ministérios e chancelarias, departamentos de comércio e várias prefeituras, afirmou Costin Raiu, diretor da equipe de pesquisa da Kaspersky.

Ele afirmou que o mercado também pode ser usado para explorar centenas de milhões de credenciais de email antigas roubadas que têm circulado pela Internet nos últimos meses.

"Credenciais roubadas são apenas um aspecto do negócio do cibercrime", disse Raiu. "Na realidade, há muito mais acontecendo no submundo. Estas coisas estão todas interconectadas", afirmou.

O mercado tem o nome de xDedic. "Dedic" é uma abreviação para "dedicado", um termo usado nos fóruns russos para designar um computador que está sob controle de um hacker ou disponível para uso por terceiros.

O xDedic conecta os vendedores de servidores comprometidos com compradores. Os donos do mercado ficam com 5 por cento das transações, disse Raiu.

A Kaspersky afirma que as máquinas usadas usam software para permitir suporte técnico. O acesso a servidores com conexões de alta capacidade pode custar até 15 dólares.

Segundo Raiu, um provedor de Internet na Europa alertou a Kaspersky sobre a existência do xDedic.

Ele evitou dar nomes de organizações, mas afirmou que a Kaspersky já notificou equipes nacionais de segurança de computadores em diversos países.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaeBayEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetEuropaHackerslojas-onlineRússiaVarejo

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes