Tecnologia

Mercadante diz que quer levar hackers para ministério

Ministro chamou os hackers de "jovens talentosos e criativos" e abriu a possibilidade de chamá-los em projetos pró-transparência no governo

De acordo com Mercadante, enquanto os hackers ajudam a construir e modernizar os sistemas, os crackers utilizam os ataques para espalhar uma mensagem política (Wikimedia Commons)

De acordo com Mercadante, enquanto os hackers ajudam a construir e modernizar os sistemas, os crackers utilizam os ataques para espalhar uma mensagem política (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 18h21.

Brasília - O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, minimizou hoje os ataques cibernéticos sofridos pelo governo na semana passada e abriu até a possibilidade de chamar hackers para trabalhar para o ministério, em projetos de transparência de dados e de sites. Ele disse que os danos dos ataques "foram muito pequenos", sem a violação de dados relevantes. "Existem dois tipos de operadores. Os hackers são os jovens talentosos e criativos que eu, inclusive, quero levar para o ministério. Quero convidá-los para um 'hacker's day'", disse.

Mercadante contou que pretende dar "transparência total" ao ministério, disponibilizando ao público todos os dados relativos a gastos e decisões. "Quero chamar os hackers para eles ajudarem a construir os indicadores e a forma de transparência. Quero fazer o Ministério da Ciência e Tecnologia uma referência no ponto de vista do acesso e da transparência de informações", disse. Afirmou ainda que gostaria de ter as opiniões dos hackers a respeito da modernização de novos portais da pasta. "Eles são jovens talentosos que mudam a tecnologia o tempo inteiro e que nós temos que dialogar."

De acordo com Mercadante, enquanto os hackers ajudam a construir e modernizar os sistemas, os crackers utilizam os ataques para espalhar uma mensagem política ou mesmo pelo "prazer do desafio". "Os ataques da semana passada mostram que a gente precisa investir e se preparar para ter uma estrutura de defesa mais articulada e eficiente", afirmou. "Temos que saber nos proteger."

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