Android (ElsukaloARTZ via DebianArt)
Lucas Agrela
Publicado em 2 de abril de 2015 às 10h30.
Menos de 1% dos dispositivos com sistema Android tinham aplicativos maliciosos ao longo do ano passado, de acordo com o maior relatório de segurança virtual do Google, divulgado nesta quinta-feira (2). O número é ainda menor ao considerarmos apenas os apps que foram instalados a partir da Google Play Store: 0,15%.
O levantamento do Google mostra que a instalação de aplicativos perigosos diminuiu bastante no ano passado. Entre o primeiro e o quarto trimestre de 2014, a queda foi de aproximadamente 50%.
Mais de 25 mil aplicativos foram atualizados na Google Play Store após a equipe do Android investigar 79 falhas que foram reportadas por usuários.
Em 2014, o Android fez numerosos progressos em tecnologia de segurança da plataforma, incluindo a possibilidade de implementar criptografia completa de disco, a expansão do uso de hardware criptografia protegida, e a melhoria na proteção do aplicativo sandbox Android com um sistema de controle de acesso obrigatório (Mandatory Access Control) baseado no SELinux, segundo o relatório.
O Google atribui, em grande parte, a baixa quantidade de ameaças virtuais nos dispositivos Android a dois recursos de segurança do sistema, que contam com atualização automática: a verificação de aplicativos e a Safety Net.
O primeiro verifica a instalação de novos apps e continua em execução constante para detectar qualquer ameaça que eventualmente surja. Isso ajudou o Google a entender técnicas usadas por spyware e ransonware, e também fraudes por serviços SMS e WAP. Essas informações foram usadas para combater com mais eficiência essas ameaças na plataforma do Google.
O segundo tem foco em riscos na modificação da API e invasões de rede, sem relação com a instalação de apps.
Para garantir a segurança, o Google recomenda que os usuários de dispositivos Android só instalem aplicativos a partir da Play Store. Entretanto, outras lojas de aplicativos podem ser instaladas nos smartphones e tablets com sistema Android, como a Amazon Appstore, que o Google sequer menciona no relatório, apesar de estar há quatro anos no mercado.