Da Redação
Publicado em 29 de março de 2012 às 16h05.
Seguindo uma forte corrente dentro da indústria de notebooks, a Meganote escolheu deixar o processamento do Volcano a cargo do Intel Core i5 2410M. Há um motivo muito simples por trás da popularidade dessa CPU: ela corresponde às necessidades atuais da maioria dos usuários. Seus dois núcleos operam a uma frequência básica de 2,3 GHz, mas um deles pode atingir até 2,9 GHz se o outro não estiver sendo usado. Na prática, esses números indicam que o 2410M não se atrapalha ao executar os programas do Office ou até mesmo ao lidar com edição amadora de vídeos.
Quanto às capacidades gráficas da máquina, ficamos à mercê daquilo que a própria Intel oferece com seus processadores: a controladora Intel HD Graphics 3000. Não possuir uma placa de vídeo dedicada não é uma desvantagem completamente incapacitante nos dias de hoje. A geração mais recente de CPU da Intel é competente o suficiente para rodar jogos mais antigos e realizar outras tarefas básicas. Os principais incômodos decorrentes da falta de uma GPU discreta é a imaturidade dos drivers da Intel e a ausência de suporte ao DirectX 11. Outro inconveniente é a necessidade dividir a RAM com o resto do sistema.
Falando em RAM, já mencionamos que o Volcano oferece 6 GB, ou seja, um módulo de 2 GB e outro de 4 GB. No entanto, vale ressalvar que uma organização com dois módulos idênticos são, em geral, mais eficientes. Em termos de velocidade pura e simples, ele não é diferente de uma instalação com duas placas de 2 GB. Quanto ao armazenamento interno, a Megaware optou por um HD básico de 500 GB (5400 RPM). No benchmark de desempenho geral PCMark 7, o conjunto do hardware alcançou a boa marca de 2.268 pontos. Já a performance gráfica, avaliada pelo 3DMark06, cravou excepcionais 4.618 pontos.
Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Megaware Meganote Volcano
Positivo Master N170i
Itautec Infoway Note W7535
HP Pavilion dm4-2095br
MSI FX420
HP Pavilion dm4-2075br
Sony Vaio VPC-EG17FB
LG P420 5454
Benchmark 3DMark06 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
MSI FX420
HP Pavilion dm4-2075br
Positivo Premium N8820
Megaware Meganote Volcano
Sony Vaio VPC-EG17FB
Itautec Infoway Note W7535
Positivo Master N170i
LG P420 5454
Passamos para o campo das conexões sem nenhum sobressalto. Há três portas USB 2.0, uma Gigabit Ethernet, uma HDMI, uma D-Sub e P2 para fone e microfone. As redes sem fio são representadas por Wi-Fi e Bluetooth (3.0), como sempre. A única divergência da média aparece no leitor de cartões de memória, que é incomumente versátil: há suporte para MMC, RS-MMC, SD, mini SD, SDHC, SDXC, MS, MS Pro e MS Duo. Não que esse seja um diferencial muito vantajoso. Pelo contrário, o cenário das conexões do Megaware é tão emocionante quanto uma planície: útil para encontrar forragem, mas incapaz de impressionar.
Similarmente, o Volcano como reprodutor de mídia não incita muitos comentários, para o bem ou para o mal. O display tem a resolução padrão dos notebooks médios (1366 x 768) e é moderadamente iluminado por suas lâmpadas LED. O som também se enquadra na média da categoria, o que, aliás não é um elogio. Há pouca potência nos alto-falantes desse notebooks, mas as distorções no som se mantêm a um mínimo.
Se os recursos multimídia não excitam no Volcano, pelo menos a carga da bateria causa boa impressão. O software Battery Eater, que simula uma seção de uso pesado da máquina, apontou uma duração de quase duas horas (117 minutos). Claro, a configuração do Volcano não é espetacular, mas ele merece ser elogiado por tal desempenho mesmo assim.
Duração da bateria em uso intenso
Barras maiores indicam melhor desempenho
Megaware Meganote Volcano
Itautec Infoway Note W7535
Sony Vaio VPC-EG17FB
LG P420 5454
HP Pavilion dm4-2075br
HP Pavilion dm4-2095br
Positivo Premium N8820
MSI FX420
Como comentamos no início da resenha, o acabamento desse notebook parece ser uma tentativa de se destacar da média, mas não chega a produzir o efeito desejado. Contudo, trata-se de um acabamento sólido para o padrão dos designs baseados em plástico. O teclado nos agradou bastante. Além de seguirem o padrão ABNT2, as teclas são excepcionalmente macias. Nossa única crítica se fundamenta na falta de espaço: algumas teclas são pequenas demais e poderia haver um intervalo maior entre cada uma delas.
O touchpad, por sua vez, não erra na questão do espaço e sim no design. A princípio, o laconismo com que a área sensível ao toque é anunciada pode ser visto como um sinal de elegância. No entanto, a falta de elementos que indicam até onde os dedos podem ir é desorientadora.
Se existe um modelo arquetípico de notebook intermediário, o Volcano está muito próximo dele. Configuração, conectividade e acabamento, quase tudo a respeito dessa máquina é mediano. Ainda assim, o preço de 1.800 torna-se bem razoável quando observamos o bom desempenho da máquina nos benchmarks.
Tela | 14 |
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Processador | Intel Core i5 2410M 2,3 GHz |
RAM | 6 GB |
Armazenamento | HD de 500 GB |
GPU | Vídeo onboard |
Drives | DVD-RW |
Peso | 2 kg |
SO | Windows 7 Home Premium |
Duração de bateria | 1h57min |
Prós | Bateria de longa duração; oferece mais RAM que a média; desempenho relativamente bom nos benchmarks; |
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Contras | Não tem portas USB 3.0; acabamento poderia ser melhor; |
Conclusão | Não tem portas USB 3.0; acabamento poderia ser melhor; Conclusão O Volcano é mediano em vários sentidos, mas apresenta uma boa relação entre custo e benefício; |
Média | 7.7 |
Preço | R$ 1799 |