Tecnologia

Max Mosley exige que Google retire imagens de orgia

O próprio tribunal qualificou de ilegal a difusão das imagens, que atentariam contra a intimidade de Mosley, que tem atualmente 72 anos


	Funcionária do Google trabalha durante convenção: além disso, o Google apontou que outras pessoas poderiam seguir o exemplo de Mosley

Funcionária do Google trabalha durante convenção: além disso, o Google apontou que outras pessoas poderiam seguir o exemplo de Mosley

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 14h02.

Berlim - O britânico Max Mosley, ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), exigiu nesta sexta-feira diante de um tribunal em Hamburgo, na Alemanha, que o Google bloqueie a difusão de imagens de uma orgia, da qual o dirigente esportivo teria participado em 2008.

No começo do trâmite do processo, o próprio tribunal qualificou de ilegal a difusão das imagens, que atentariam contra a intimidade de Mosley, que tem atualmente 72 anos.

O vídeo foi feito a partir de câmera escondida e flagrou uma orgia com prostitutas. Nele, há conteúdo sadomasoquista e referências ao nazismo. A divulgação foi feita pelo tablóide britânico "News of the World", que já teve que pagar a Mosley indenização de 75 mil euros.

A juíza discutiu com os advogados de Mosley e do Google, se era possível criar um programa de software para filtrar imagens e evitar a difusão na rede através do buscador. A empresa rejeitou o pedido por considerá-lo "ato de censura", que obrigaria a manutenção de varreduras na totalidade da internet para sempre.

Além disso, o Google apontou que outras pessoas poderiam seguir o exemplo de Mosley, o que inviabilizaria a atividade da ferramenta de busca. Os advogados do dirigente esportivo, contudo, ressaltaram que abrir um precedente é a intenção do processo.

Os juízes lembraram que a empresa já tem esse tipo de filtro para outras situações, como as relacionadas a pornografia infantil. A previsão é que a sentença do caso só seja divulgada em 2013. 

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