A ideia da MasterCard é que o reconhecimento facial seja utilizado no lugar da senha em compras online (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2015 às 08h36.
São Paulo - A empresa de pagamentos Mastercard começará a testar em breve uma nova forma de aprovar transações online feitas com cartões de crédito. A ideia da marca é que o comprador tire uma selfie antes de fechar a aquisição, usando o próprio rosto como uma senha.
O sistema biométrico deverá servir como uma alternativa ao atual SecureCode que a companhia disponibiliza aos seus clientes. O método atual evita fraudes exigindo que o usuário digite uma combinação, e foi utilizado em pelo menos 3 bilhões de compras no ano passado, de acordo com uma reportagem do site CNNMoney.
Mas apesar de ser eficiente, a ferramenta está suscetível a falhas de memória dos próprios clientes, a interceptações de invasores ou a roubos, algo que não afeta diretamente o escaneamento facial e outros métodos de biometria – como o leitor de digitais dos iPhones e dos Galaxies mais novos. Por isso, a função pode ganhar na praticidade e na segurança.
Os testes da MasterCard começam no outono norte-americano (primavera por aqui), e envolverão de início apenas 500 clientes.
Eles precisarão baixar o app da empresa e escolher o “pagamento facial” na hora de fechar uma compra. Segundo a matéria, o cliente precisa olhar para a câmera e piscar uma vez para aprovar a transferência.
O que o sistema faz é escanear e mapear o rosto do usuário, transformando tudo em dados, que depois são enviados aos servidores da empresa.
Esse é um ponto que não agrada muitos especialistas em segurança – inclusive um dos ouvidos pela reportagem da CNNMoney, que teme pela privacidade e prefere que as informações fiquem no telefone.
Ainda assim, o mais provável que a companhia de pagamentos tenha um esquema reforçado de proteção já montado, algo que evitar eventuais vazamentos dos algoritmos.
Não há uma previsão para o lançamento global do método de pagar com selfies, mas é certo que ele ainda demorará um tempo para chegar ao mercado. E o mesmo vale para os outros experimentos da companhia, que também está testando sistemas de autenticação por voz e por batimentos cardíacos.