Pôquer: a vitória gerou solicitações de companhias ao redor do mundo buscando usar o algoritmo da Libratus para resolução de problemas (Stock Exchange)
Reuters
Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 20h38.
Nova York - A inteligência artificial fez história ao ganhar de humanos pela primeira vez no pôquer, último jogo no qual humanos ainda mantinham vantagem sobre as máquinas.
Libratus, um robô construído pela universidade Carnegie Mellon (CMU), ganhou mais de 1,7 milhão de dólares em fichas contra quatro dos maiores jogadores profissionais de pôquer do mundo, em um campeonato de 20 dias que terminou na terça-feira na Filadélfia.
Enquanto máquinas têm superado os humanos durante as últimas duas décadas no xadrez, damas e, mais recentemente, no antigo jogo de Go, a vitória de Libratus é significativa porque o pôquer é um jogo de informação imperfeita - similar ao mundo real, onde nem todos os problemas são mostrados e a dificuldade em entender o comportamento humano é uma das principais razões pelas quais era considerado imune às máquinas.
"A habilidade da melhor máquina de fazer um raciocínio estratégico com informação imperfeita agora superou a capacidade dos melhores humanos", disse nesta quarta-feira Tuomas Sandholm, professor de ciência da computação na CMU que desenvolveu o Libratus com o estudante de pós-graduação Noam Brown.
A vitória gerou solicitações de companhias ao redor do mundo buscando usar o algoritmo da Libratus para resolução de problemas.
"Pode ser usado em qualquer situação onde a informação é incompleta, incluindo negociações, estratégias militares, cibersegurança e tratamentos médicos", disse Sandholm.