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Malware para Android faz ligações sem que o usuário perceba

Novo malware atinge apenas edições antigas do sistema operacional

Telefone: ligações são feitas em momentos oportunos, como quando a tela se desliga, e se encerram assim que o aparelho é desbloqueado (Getty Images)

Telefone: ligações são feitas em momentos oportunos, como quando a tela se desliga, e se encerram assim que o aparelho é desbloqueado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 11h52.

São Paulo - Usuários de aparelhos com Android de versão anterior à 3.1 podem ter que se preocupar com mais um problema. Pesquisadores de segurança da Lookout reportaram um novo malware que atinge apenas edições antigas do SO. Batizado de MouaBad.p, a ameaça faz ligações sem que, inicialmente, o usuário perceba, resultando em gastos possivelmente estratosféricos.

O vírus foi identificado em aparelhos da China, e, por ora, não há relatos de que ele esteja se espalhando para fora do país. Segundo a Lookout, o conceito funciona quase como uma “evolução” dos malware que enviavam mensagens automaticamente. As ligações são feitas em momentos oportunos, como quando a tela se desliga, e se encerram assim que o aparelho é desbloqueado.

Todas as chamadas são realizadas para números “premium”, que garantem parte dos gastos para os provedores do serviço. No caso, esses são os criminosos que implantam a ameaça. Dessa forma, eles acabam lucrando em cima da conta do usuário afetado.

O malware é indiscutivelmente perigoso, e seu desenvolvimento mostra os rumos que as ameaças parecem estar tomando. No entanto, ainda não há pouco com o que se preocupar. Primeiro porque os especialistas da Lookout o identificaram apenas na China, e em poucos aparelhos. E como eles mesmos afirmam, as ligações para os tais números “premium” dependem do país – o MouaBad está focado, por ora, apenas nos telefones chineses, então não há risco caso um aparelho brasileiro seja infectado pela variante asiática.

Além disso, o malware atinge apenas aparelhos com versões 3.1 ou inferiores do Android, já que as atualizações do sistema operacional corrigiram uma funcionalidade falha. Eles ainda representam pouco mais de 25% dos smartphones e tablets com o SO no mundo, mas a tendência é essa porcentagem diminua – fora que, na China, ela pode ser menor.

Por fim, e talvez mais curioso, o MouaBad não é capaz de alterar o histórico de chamadas. Assim, caso um usuário o abra, verá que uma ligação foi feita para um número estranho. Poderá, então, tomar as medidas cabíveis, como instalar um app de antivírus no smartphone.

Como o vírus não foi identificado em nenhum aplicativo da Play Store, recomenda-se seguir a dica de sempre e evitar programas vindos de fontes desconhecidas ou não-confiáveis. Desmarcar a opção que autoriza a instalação de apps do tipo – ou ao menos “proibir” o aparelho de fazer isso automaticamente – também é válido.

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