Discord: empresa foi avaliada em US$ 15 bilhões em 2021 (Fabian Sommer/Getty Images)
Repórter
Publicado em 12 de janeiro de 2024 às 09h58.
Última atualização em 12 de janeiro de 2024 às 11h08.
Na última quinta-feira, 11, o Discord anunciou que está demitindo o equivalente a 17% de sua força de trabalho, cerca de 170 funcionários. Em memorando divulgado internamente, o CEO Jason Citron alega que a "culpa" seria do crescimento muito rápido da empresa.
“Crescemos rapidamente e expandimos nossa força de trabalho ainda mais rápido, aumentando 5 vezes desde 2020 (...) Como resultado, assumimos mais projetos e nos tornamos menos eficientes na forma como operávamos”, escreveu.
O Discord é uma plataforma online na qual é possível criar servidores, reunindo várias pessoas em um chat sobre determinado assunto ou em um espaço para um determinado grupo. Segundo a CNBC, a empresa foi avaliada em US$ 15 bilhões em 2021.
Em onze dias, janeiro de 2024 já teve demissões em massa em ao menos dez empresas de tecnologia diferentes, incluindo gigantes como Amazon e Google, indicando que a tendência de layoffs no Vale do Silício deve continuar em 2024.
A empresa de Sundar Pichai anunciou cortes de "centenas" de funcionários na quinta-feira, 11. Anteontem, a empresa de streaming Twitch anunciou o desligamento de mais de 500 funcionários.
Demissões em massa vêm acontecendo no mercado de tecnologia desde 2022. Nos Estados Unidos, um cenário econômico difícil, além do 'fim' da pandemia da Covid-19, levaram a cortes em massa, justificados como uma "reorganização" da estrutura interna. Dois anos antes, o isolamento social e o 'boom' do home office levaram a milhares de novas contratações nessas mesmas big techs.
Os layoffs não diminuíram em 2023, atingindo principalmente os funcionários de gigantes como Meta, Amazon, Microsoft e Alphabet. Segundo o site de monitoramento Layoffs.fyi, 262.682 pessoas perderam o emprego em 1.186 empresas de tecnologia durante o ano.