Tecnologia

Mais de 10 mil sites protestam contra lei antipirataria

A queixa conta com a participação de empresas como Google, Wikipedia, Reddit, Wordpress e Mozilla

Na mira estão os projeto de lei que têm como objetivo combater a pirataria online de filmes, vídeos, músicas e demais conteúdos protegidos por direitos de propriedade intelectual (Armin Hanisch)

Na mira estão os projeto de lei que têm como objetivo combater a pirataria online de filmes, vídeos, músicas e demais conteúdos protegidos por direitos de propriedade intelectual (Armin Hanisch)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 07h38.

Washington - Mais de 10 mil sites se somaram nesta quarta-feira a um protesto virtual contra uma lei do Congresso dos Estados Unidos que procura combater a pirataria online.

A queixa, organizada através da página 'www.sopastrike.com' e que começou pouco após a meia-noite, conta com a participação de empresas como Google, Wikipedia, Reddit, WordPress e Mozilla, segundo os ativistas.

A iniciativa, que inclui o 'blecaute' ou a desativação de alguns sites durante 24 horas, é um projeto da organização sem fins lucrativos Fight for the Future, que procura impedir o projeto de lei conhecido pela sigla 'SOPA' ('Stop Online Piracy Act'), em sua versão na Câmara de Representantes, e 'PIPA' ('PROTECT IP Act'), no Senado.

Ao visitar a versão em inglês da Wikipedia, por exemplo, o visitante se depara com uma mensagem em letras brancas em um fundo negro que diz: 'Imaginem um mundo sem conhecimento gratuito... Atualmente, o Congresso dos EUA está considerando uma legislação que pode prejudicar gravemente a internet gratuita e aberta'.

O Google, por sua vez, publicou a seguinte mensagem em sua versão em inglês: 'Diga ao Congresso que não censure a internet'.

Tiffany Cheng, cofundadora do Fight for the Future, disse na noite de ontem que se trata de uma 'luta pela liberdade de expressão'.

'O protesto contra o SOPA é o maior protesto online jamais organizado. Várias centenas de milhões de pessoas verão mensagens sobre o risco de censurar a internet, e isso é algo sem precedentes', afirmou Cheng.

Na mira estão as duas versões do projeto de lei que têm como objetivo combater a pirataria online de filmes, vídeos, músicas e demais conteúdos protegidos por direitos de propriedade intelectual.

A versão 'PIPA' será submetida a debate e votação no Senado a partir de 24 de janeiro, enquanto 'SOPA' enfrentará votação preliminar no Comitê Judicial da Câmara de Representantes em fevereiro.

O principal autor da iniciativa na Câmara e presidente do comitê, o republicano Lamar Smith, disse que 'SOPA' procura proteger consumidores, negócios e empregos 'de ladrões estrangeiros que roubam propriedade intelectual dos EUA'.

O projeto de lei goza de um amplo apoio do setor de entretenimento - como Hollywood -, de empresas farmacêuticas e publicações, enquanto as empresas do Vale do Silício a criticam pesadamente.

A Casa Branca se opõe à medida em sua versão atual por considerar que esta poderia suscitar processos contra empresas cibernéticas e prejudicar negócios legítimos, além de atropelar o direito à liberdade de expressão.

A previsão é que os legisladores modifiquem certas cláusulas da medida tanto na versão da Câmara como na do Senado, sobretudo devido à exigência de que os provedores de internet bloqueiem o acesso a sites estrangeiros que infringirem os direitos de propriedade intelectual. 

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