Tecnologia

Maioria dos apps por assinatura não é lucrativo, diz relatório

Levantamento analisou apps que geram coletivamente mais de US$ 6,7 bilhões em receita rastreada e têm mais de 290 milhões de assinantes

Aplicativos: penas 17,2% dos aplicativos alcançam até mesmo US$ 1.000 em receita mensal (Silas Stein/Getty Images)

Aplicativos: penas 17,2% dos aplicativos alcançam até mesmo US$ 1.000 em receita mensal (Silas Stein/Getty Images)

Publicado em 13 de março de 2024 às 14h19.

A receita mensal média gerada por um aplicativo gera após 12 meses do seu lançamento é inferior a US$ 50, segundo o relatório "Estado dos Aplicativos por Assinatura" , da RevenueCat. O levantamento levou em consideração quase 30.000 aplicativos que usam as ferramentas da plataforma para gerenciar sua monetização. 

O relatório analisou apps que geram coletivamente mais de US$ 6,7 bilhões em receita rastreada e têm mais de 290 milhões de assinantes. A RevenueCat descobriu que apenas 17,2% dos aplicativos alcançam até mesmo US$ 1.000 em receita mensal, mas após atingirem esse ponto, as chances de crescerem ainda mais aumentam. 

Por exemplo, 59% dos aplicativos que atingem US$ 1.000 continuarão até US$ 2.500 e 60% dos aplicativos que alcançam US$ 2.500 chegarão a US$ 5.000. 

Mas o que pode ser mais surpreendente é que apenas 3,5% dos aplicativos alcançarão US$ 10.000 em receita — o número que um desenvolvedor independente pode precisar atingir para se dedicar integralmente ao desenvolvimento de aplicativos ou à sua startup focada em dispositivos móveis.

Aplicativos de saúde e fitness geram mais receita após um ano, apresentando pelo menos o dobro do desempenho de todas as outras categorias combinadas. Aplicativos de viagem e produtividade têm mais dificuldades, sendo que até mesmo o top 5% dos aplicativos na categoria ganha menos de US$ 1.000 por mês após um ano nas lojas de aplicativos.

A RevenueCat também descobriu que o preço mais comum para uma assinatura mensal permaneceu o mesmo este ano, em US$ 10, mas o preço médio para uma assinatura mensal aumentou 14%, de US$ 7,05 para US$ 8,01. O preço semanal cresceu menos de 2% para US$ 5,55, e o preço anual médio diminuiu um pouco mais de 1%, de US$ 32,94 para US$ 32,53.

O relatório destaca outros aspectos da corrida pela monetização de aplicativos por assinatura, incluindo que os aplicativos baseados na América do Norte têm 4 vezes a monetização da média global. O Japão e a Coreia do Sul também monetizam melhor no Android do que no iOS, o que normalmente não é o caso.

A empresa também compartilhou suas previsões para o próximo ano, observando que espera que mais aplicativos adotem planos de assinatura sem teste e espera que os preços das assinaturas aumentem. Também prevê que os aplicativos começarão a combinar modelos de assinatura com outros métodos de monetização, como compras no aplicativo não renováveis, anúncios, parcerias, comércio eletrônico e marketing afiliado. A inteligência artificial também será usada mais extensivamente nos aplicativos para personalizar a experiência do usuário.

Acompanhe tudo sobre:Apps

Mais de Tecnologia

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes

Procon-SP notifica Meta sobre publicidade de vapes em suas plataformas

Não é só no Brasil: X está perdendo usuários nos EUA após vitória de Trump