Maconha: estudo aponta para uma relação entre o uso persistente da maconha e baixos salários e sinais de depressão (Pablo Porciuncula/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 21h58.
Pelo o que mostra a medicina até o momento, a maconha segue como uma droga menos danosa à saúde que diversas substâncias legais.
Seguimos sem registros de overdose pelo uso da droga. E, sim, ela é 144 vezes mais segura do que o álcool e com menor potencial de adição.
Mas nada disso quer dizer que a maconha seja completamente inofensiva. Um estudo feito em conjunto por pesquisadores da University of California e da Duke University aponta para uma relação entre o uso persistente da maconha e baixos salários e sinais de depressão.
O estudo publicado no Clinical Psychological Science, no dia 23 de março, aponta que pessoas que usuários que fumam maconha quatro ou mais dias na semana regularmente acabam em classes sociais mais baixas que seus pais, com menor salário e menor capacitação quando comparado com quem não faz consumo regular da droga.
"A cannabis pode ser mais segura do que o álcool para a saúde, mas não para as finanças", aponta Terrie Moffitt, psicológo da Duke University.
Para a pesquisa, 1.037 voluntários foram acompanhados de criança até os 38 anos. Os viciados em álcool e maconha apresentam declínios em status sociais, comportamentos antissociais no trabalho e problemas de relacionamento. Acontece que, de acordo com o novo estudo, os os dependentes de maconha encontram maiores problemas para manter as contas em dia.
Segundo os pesquisadores, 18% dos participantes foram considerados dependentes e 15% se enquadravam como usuários regulares da droga.