A programação da Netflix pode ser vista no televisor por meio de um computador ou console de jogos (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2011 às 21h28.
São Paulo - O desembarque da Netflix no Brasil nesta segunda, 5, levou os concorrentes locais a destacarem seus principais diferenciais em relação ao serviço norte-americano. Em entrevista a este noticiário, o CEO da Netmovies, Daniel Topel, destacou que as mudanças em curso na empresa são fruto da entrada de capital adicional, com a chegada de um investidor no início deste ano, e não do início das operações da concorrente internacional.
Para o executivo o mercado deve ficar dividido entre as duas prestadoras em breve, deixando os demais concorrentes muito para trás. "Além do preço mais competitivo, temos o serviço de entrega de DVDs e Blu-rays", diz, lembrando que este diferencial não pode ser descartado em um país com baixa penetração do serviço de banda larga.
"Mesmo nos Estados Unidos, que tem uma economia muito mais evoluída, só 50% da base do Netflix assina apenas o serviço online. Aqui no Brasil este serviço é ainda mais importante", diz, lembrando que a Netmovies expandiu recentemente a geográfica de atuação do serviço de distribuição física, conforme já publicou este noticiário.
A Netmovies cobra atualmente R$9,90 pelo serviço online e R$ 15,90 pelo serviço online somado ao serviço de distribuição física (com um DVD por vez). Neste segundo plano, o assinante tem acesso aos filmes de catálogo disponíveis online, além de lançamentos, com distribuição física.
Topel admite que atualmente o acervo online oferecido pela Netflix é mais completo. "Em dois ou três meses vamos estar parelhos nos acervos online", destaca. Além disso, a Netmovies vem investindo na expansão de títulos no serviço de distribuição física, bem como aumentando o número de discos por título.
No Congresso ABTA 2011, Topel havia anunciado que a Netmovies teria em breve um serviço de locação de filmes online em modelo transacional, contando com títulos premium. Segundo o executivo, ainda não é possível precisar quando este serviço estará disponível.
Os esforços da empresa, cujo quadro de funcionários cresceu 25% este ano e deve crescer mais 30%, tem sido na expansão do serviço de distribuição de discos DVD e Blu-ray, e em levar o serviço a outras plataformas. Um aplicativo Android deve ser anunciado nas próximas semanas. Além disso, o serviço irá para mais plataformas de TVs conectadas, além das smart TVs LG e Samsung, onde o serviço já está disponível.
Portal
O Terra anunciou nesta segunda que dá início neste mês, a partir da Colômbia, à expansão da sua locadora online, Terra TV Video Store, na América Latina, conforme havia antecipado no lançamento do produto no Brasil no início deste ano.
Com a loja virtual, a empresa coloca à disposição dos internautas colombianos um catálogo de conteúdos premium para serem consumidos quando e onde quiser, através de mensalidade mensal ou pela negociação avulsa de títulos.
A expectativa é de que, até o final do ano, a locadora online esteja disponível em todos os países onde o Terra atua, com títulos dos principais estúdios de cinema e sucessos de bilheteria, inclusive produções locais e títulos que normalmente só são vistos em festivais ou mostras.
Segundo o diretor de produtos de mídia do Terra para América Latina e Estados Unidos, Pedro Rolla, o portal vem investindo para ampliar seu acervo com títulos das majors. Atualmente, o portal conta com conteúdos da Fox apenas em seu serviço gratuito.
"Queremos ter todos os estúdios e também no modelo por assinatura e no modelo transacional", diz o executivo, destacando que já estão negociados direitos com Disney e Warner.
Além disso, o portal vem negociando a inclusão de conteúdos locais, sendo prometido um anúncio neste sentido para a próxima semana. "Queremos deixar claro que o serviço não se faz apenas com os conteúdos das majors. Quando incluímos os vídeos da "Galinha Pintadiinha", a audiência cresceu 80%, destaca. Outro ponto importante na audiência do Terra, diz Pedro Rolla, são os shows musicais.
Atualmente, as receitas com o serviço de locadora virtual estão divididos em: 60% em assinaturas, 30% em locações e 10% em aquisições de títulos.
O serviço de vídeo do Terra está disponível em smart TVs da LG. Em breve, deve ser anunciado o serviço em outras plataformas, na medida em que se tornem compatíveis com o DRM da Microsoft.