No primeiro trimestre de 2011, as vendas de livros eletrônicos aumentaram mais de 159,8 por cento (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2011 às 18h50.
Nova York - As editoras norte-americanas se reuniram em Nova York nesta semana para promover o que haverá de melhor no próximo ano, num evento em que cada vez mais a atenção se volta para a crescente influência das publicações digitais.
As editoras participantes da BookExpo America concordam que, mesmo que a indústria editorial esteja perdendo dinheiro em geral, o aumento das vendas de e-books e leitores eletrônicos estão oferecendo aos investidores uma oportunidade de apostar em vencedores e perdedores do futuro do setor, onde os livros impressos podem se tornar obsoletos.
Enquanto as empresas digitais estavam ainda relegadas a um canto do enorme espaço de exposição da feira, o número de editoras e de tráfego na área aumentou muito, com o mundo editorial admitindo que os livros e leitores eletrônicos estão aqui para ficar.
"Eu brincava, chamando isso de gueto digital", disse o executivo-chefe da Kobo, Michael Serbinis, que lançou uma edição nova de seu leitor eletrônico nesta semana, por 129 dólares.
A empresa canadense, que também vende livros online e tem aplicativos para dispositivos móveis, anunciou nesta semana que fechou uma rodada de investimentos de 53 milhões de dólares.
No primeiro trimestre de 2011, as vendas de livros eletrônicos aumentaram mais de 159,8 por cento, para 233,1 milhões de dólares, de acordo com a associação de editoras americanas.
No mesmo período, os livros impressos tiveram uma queda nas vendas de 23,4 por cento em comparação ao ano anterior. A livraria online Amazon anunciou neste mês que agora vende mais e-livros do que livros de papel.