Lidiane Jones, da Salesforce: da Zona Leste de São Paulo para a cadeira de gerente-geral de experiências digitais da Salesforce (Foto/Reprodução)
Repórter
Publicado em 5 de maio de 2022 às 11h46.
Última atualização em 7 de novembro de 2023 às 09h52.
É possível dizer que a Salesforce, a maior empresa do mundo de gestão de relacionamento com o consumidor, não é só um negócio de software. Pois apenas softwares não a manteria em uma crescente expansão que deve levar suas receitas na casa dos US$ 26 bilhões, com uma prospecção de aumento de quase 25% em relação a 2021.
Por de trás dessa força, há facetas humanas preocupadas como que está na última ponta nas relações de compra e venda. A paulistana Lidiane Jones é uma dessas. Vinda da Zona Leste de São Paulo, trilhou um caminho de sucesso por empresas como Ford e Microsoft e hoje é vice-presidente na SalesForce.
Para ela, o ponto chave no correr dos desafios recentes da comunicação corporativa tem sido a humanização do contato, que viu na pandemia os novos recursos de nuvens, de marketing digital e inteligência artificial trazerem o cliente ao centro da conversa.
Com essa movimentação, as ações da Salesforce subiram e a alta demanda deste mercado criou um cenário favorável para o ecossistema de parceiros da Salesforce no Brasil.
Por aqui, essas tecnologias ajudam as equipes de atendimento e os times de vendas a criar experiências mais personalizadas que, por fim, impulsionam relacionamentos duradouros.
Com isso, hoje a Salesforce avança sobre a esfera offline, principalmente em aplicativos móveis, para tornar mais fácil de usar informações relevantes e inovações que criam esse perfil de dados apurados do cliente.
Em entrevista à Exame, a vice-presidente executiva e gerente geral da Salesforce Digital Experiences, destacou: “Não investir nessa área coloca o seu negócio em risco”.
O cliente está no centro, mas como isso ocorreu na Salesforce?
Eu acabei vindo aqui para a Salesforce porque, na época, era uma empresa que demonstrava estar interessada em aproveitar mais e melhor o relacionamento que era estabelecido com cliente. Hoje entendo que, mais do que softwares, a experiência que ocorre nessa relação já se mostrou ser tão importante quanto o resto. Mas quando isso era um projeto que corria internamente, não dava para visualizar o tamanho dessa ideia. Mas hoje é notável até nas pequenas coisas. Se você vai no site da Salesforce você vê que a gente quer que cliente comece a entender a experiência do produto antes mesmo de recebê-lo. É só um exemplo, mas isso se estende em outros pontos de contato.
E como isso tem avançado no Brasil?
Eu acho que o consumidor brasileiro tem muita atitude na tecnologia e agora a gente tem essa oportunidade de expandir esse conceito de experiência de clientes no centro que tanto trabalhamos. Uma parceria que destaco é a que estamos fazendo com a Natura, que hoje aplica soluções da Salesforce em inteligência artificial para áreas como marketing, vendas e e-commerce. Para você ter ideia, minha mãe era promotora de vendas da Natura, então hoje saber que a experiência de vendedoras como ela é levado a um nível nunca antes experimentado me alegra bastante.
Qual é o próximo passo?
O objetivo agora é ajudar as empresas a criar conexões mais perfeitas entre as experiências de compras online e físicas. A Salesforce também quer criar ferramentas mais especializadas para determinados setores. Nesse sentido é integrar o online com o offline, criando mais dinamismo para entender esses clientes que são muito mais complexos do que imaginamos.
(Com apuração de Thiago Lavado)