Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 14h06.
Como tantos outros laptops de 13 e 14 polegadas, o P430 traz dentro de si um Intel Core i5 2410M (dois núcleos a 2,3 GHz). Para um laptop que objetiva cumprir tarefas gerais, como navegar na internet, rodar o Office e reproduzir vídeos em alta resolução, esse é um dos processadores mais eficientes, no sentido de que ele dispensa alguns recursos mais avançados sem perder a agilidade ao executar a maioria dos programas. Sem dúvida, trata-se de um bom bloco de silício, mas, como grande parte da concorrência tem usado exatamente esse processador (ou versões melhores da linha Intel Core), poder de computação não pode ser considerado um dos diferenciais desse notebook.
Enquanto a escolha da CPU é adequada para um computador desse porte, a GPU que a LG decidiu instalar no P430 parece estar fora de lugar. A GeForce GT 520M é uma placa de vídeo tão básica que se torna quase supérflua diante do Intel HD Graphics 3000 que vem integrado ao chip Sandy Bridge dessa máquina. Claro, o 1 GB de memória dedicada ajuda na hora de rodar jogos que utilizam muitas texturas. Mas estamos falando de GDDR3, um tipo de memória que já não é rápido para os padrões atuais, gerenciada por um número relativamente baixo de núcleos (48). Além disso, o P430 utiliza uma tela de resolução mediana (1366 x 768), o que limita a utilidade de toda essa memória.
Mesmo recursos como o PureVideo, que redireciona a decodificação de vídeo da CPU para a GPU, fazem pouco sentido no caso do P430 em consequência dos avanços da Intel nessa área. Por outro lado, é preciso reconhecer que alguns usuários ainda encontram muita utilidade no CUDA, através do qual algumas aplicações podem utilizar as dezenas de núcleos da GPU para cumprir tarefas típicas de CPU. No entanto, para a maioria dos usuários, são os anos de experiência da Nvidia com drivers de vídeo que fazem a diferença e tornam essa placa ligeiramente superior ao chip gráfico integrado da Intel.
Antes de comentar os resultados dos benchmarks, vamos completar a lista de configuração com a memória: são 4 GB de RAM e 500 GB de HD (5400 RPM). No PCMark 7, que avalia o desempenho das máquinas com o Windows 7, o P430 alcançou 1701 pontos, um resultado significativamente inferior à concorrência mas não o bastante para ser decepcionante. A história foi outra com o benchmark de performance gráfica 3DMark06, que conferiu uma ninharia de 2595 pontos ao notebook, um resultado muito inferior ao de máquinas com Intel HD Graphics 3000.
Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Itautec Infoway Note W7535
HP Pavilion dm4-2095br
MSI FX420
LG P420 5454
Benchmark 3DMark06 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
MSI FX420
Positivo Premium N8820
Itautec Infoway Note W7535
LG P420 5454
Benchmarks mostram apenas uma pequena faceta de um computador, mas P430 perdeu a oportunidade de compensar esses resultados medíocres em outras áreas. Uma delas é a conectividade, na qual não há nada de especial. Pelo menos o essencial está coberto: três USB 2.0, ethernet, leitor de cartão, Wi-Fi, bluetooth, HDMI, D-sub e P2. Sentimos falta da USB 3.0, mas, enquanto o chipset Panther Point não se tornar popular, é compreensível que computadores intermediários ignorem essa conexão.
As teclas do P430 não oferecem muita resistência aos dedos, apesar de serem bem presas ao teclado. O único defeito sério desse teclado é um pecado muito comum entre os fabricantes de notebook: os símbolos ? / só são acessíveis por atalhos, o que continuará sendo uma falha de design enquanto houveram dúvidas e programadores no mundo. Se o botão que sublinha o touchpad fosse um pouco menos rígido, usar o ponteiro nesse notebook seria um prazer.
Áudio nunca foi um ponto forte dos notebooks, mas o P430 é relativamente competente nessa área. Não espere nenhum grave pujante, no entanto. Embora o P430 não se destaque pelo número de pixels da tela, o display não deixa de chamar atenção com uma moldura esguia. A tecnologia por trás do LCD também é bem interessante. As telas que a LG, por algum motivo obscuro, chama de Shuriken possuem uma pequena quantidade de memória interna que armazena os parâmetros dos pixels de um dado frame. Desse modo, se não houver mudanças na tela, a CPU e a GPU não precisam se encarregar de manter a imagem em questão, o que diminuiria a quantidade de energia gasta pelo computador.
Não podemos avaliar com precisão se a estrela ninja faz diferença ou não. De qualquer modo, o fato é que o P430 tem uma duração de bateria admirável para uma máquina com GPU discreta. O Batery Eater levou longos 94 minutos para devorar a carga desse notebook.
Duração da bateria em uso intenso
Barras maiores indicam melhor desempenho
LG P420 5454
HP Pavilion dm4-2095br
Positivo Premium N8820
MSI FX420
Tela | 14 Intel |
---|---|
Processador | Core i5-2410M 2,3 GHz |
RAM | 4 GB |
SO | Windows 7 Home Premium 64 bits |
Duração da bateria | 1h34min de bateria |
Armazenamento | 500 GB de HD |
GPU | GeForce GT 520M 1 GB |
Drive | DVD-RW |
Peso | 1,9 kg |
Prós | Extremamente fino e leve para a categoria; duração de bateria acima da média; |
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Contras | Desempenho mediano; GPU poderia ser melhor; |
Conclusão | O maior atrativo do P430 é a mobilidade proporcionada pelo design esbelto e pela bateria de longa duração; ele é indicado para quem precisa ter o notebook sempre consigo; |
Média | 7.7 |
Preço | R$ 1999 |