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Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2014 às 21h00.
O LG G Flex foi o primeiro smartphone do mundo a chegar ao mercado com uma OLED curva, apesar de a Samsung ter anunciado o semelhante Galaxy Round. Além disso, ele também tem uma capacidade de regeneração interessante: ele á capaz de "apagar" riscos superficiais feitos em sua parte traseira, o que pode sem dúvidas auxilia a preservação do gadget no uso diário.
O aparelho é bastante completo no quesito configuração de hardware: processador quad core Qualcomm Snapdragon 800 com velocidade máxima de 2,26 GHz, placa gráfica Adreno 300, tela curva de 6 polegadas com resolução de 1280 por 720p, 2GB de memória RAM, 32GB de armazenamento (sem entrada para cartão microSD), conectividade 4G, Wi-Fi ac dual band, Bluetooth 4.0, câmeras de 13MP e 2,1MP (traseira e frontal, respectivamente).
Exceto pelo display, que não é Full HD, o LG G Flex tem tudo para fazer frente aos principais topo de linha disponíveis no mercado atual, como o Sony Xperia Z1, O Samsung Galaxy S5 e até mesmo ao Nokia Lumia 1520 (falando em termos de preço, visto que o sistema é diferente, consequentemente, o público-alvo também).
O review continua após o vídeo que mostra as primeiras impressões sobre o smartphone.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=CUyRz-7XOJw%5D
O design do G Flex é o seu principal destaque pela razão óbvia de ser curvo. Isso auxilia na hora de fazer chamadas de voz, trazendo o microfone mais perto da boca do usuário; e favorece a ergonomia, melhorando a pegada de um aparelho com tela grande.
O peso do gadget é acima da média dos smartphones, 177g, mas ainda assim ele é mais leve do que outros com o mesmo tamanho de tela. Os botões de volume e para ligar o aparelho ficam na parte de trás, perto da câmera principal, assim como acontece no LG G2. A localização é boa, já que normalmente repousamos o dedo nesta área enquanto seguramos um smartphone.
O G Flex tem uma flexibilidade que permite que sua carcaça aguente uma carga com até 30kg de pressão algo importante se o usuário guardá-lo no bolso traseiro, por exemplo. No INFOlab, nossa equipe botou à prova essa informação. Confira aqui a reportagem do editor da INFO Airton Lopes:
http://videos.abril.com.br/info/id/2a2e2a0220d75d6d4ca037e85847ca26
Pela preservação do produto cedido pela LG para testes, o INFOlab não riscou o smartphone, mas ele não apresentou riscos visíveis no uso diário. Vale notar que o processo de regeneração funciona melhor sob a temperatura de 27 graus celsius. Esfregar o aparelho também ajuda na recuperação. Neste vídeo você pode conferir um teste de resistência do dispositivo.
O display do LG G Flex tem tecnologia OLED. Ou seja, ele destaca mais os tons escuros, assim como as TVs da marca, mas sem prejudicar o brilho. A diferença é que, em vez de serem retro iluminados, os pixels têm luzes próprias. Por tanto, não há influência de iluminação nos tons escuros.
A fabricante soube aproveitar a tela grande assim como a Samsung fez no Galaxy Note 3: é possível executar dois aplicativos ao mesmo tempo. Isso sem dúvidas oferece um ganho considerável de produtividade. Por exemplo, é possível acessar o e-mail e redigir um texto ao mesmo tempo. Ou acessar um site de notícias e rodar um vídeo.
A qualidade da tela, contudo, não é das melhores, especialmente por se tratar de um aparelho que custa 2.699 reais. Mas, visto como uma prova de conceito, é um resultado satisfatório por enquanto. Talvez a próxima edição do smartphone conte com um display Full HD e os problemas de usabilidade se resolvam.
A tela poderia ser mais brilhante (o INFOlab mediu um pico de 260 lux a 10 centímetros da tela em uma imagem branca, contra 320 lux do HTC One nas mesmas condições). Por outro lado, ela é bem menos reflexiva (o pico foi de 75 lux a 10 centímetros da tela apagada, enquanto o HTC One rende medições de até 120 lux). A resoluão de 720p não fica ruim mesmo com a tela de 6 polegadas do Flex. No entanto, quem parte de um celular com mais PPI vai notar imediatamente a diferença, especialmente quando o aparelho está exibindo texto. Por outro lado, o OLED e a resolução mais baixa parecem ter contribuído para a excepcional duração de bateria do aparelho.
A configuração, conforme descrita acima, é potente. Entretanto, o processador não é o mais recente da Qualcomm, que seria o 801 presente no Galaxy S5, no Lumia 1520 e no Xperia Z2. A placa gráfica Adreno 300 é uma das melhores disponíveis no mercado mundial e garante um bom desempenho para jogos. Fora isso, a configuração é suficiente para rodar bem o sistema Android que poderia contar com a sua última versão, a 4.4 KitKat.
Confira a comparação de desempenho do G Flex no benchmark:
AnTuTu (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
LG G Flex | 35.571 |
Galaxy S5 | 35.457 |
Nokia Lumia 1520 | 24.551 |
Vellamo (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
LG G Flex | 2.931 |
Galaxy S5 | 1.630 |
3DMark (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
LG G Flex | 15.898 |
Galaxy S5 | 18.079 |
O sistema do G Flex é um Android Jelly Bean 4.2.2 modificado pela fabricante. Apesar de estar desatualizado, ele conta com alguns recursos interessantes. É possível, por exemplo, diminuir o teclado e o discador e alinhá-los à direita para que eles estejam ao alcance do polegar. Isso favorece o uso do aparelho com apenas uma das mãos, uma reclamação comum tanto da imprensa quanto dos consumidores quando a tela do gadget tem mais do que cinco polegadas.
Além disso, a LG oferece o recurso chamado de AnswerMe. Com ele, é possível atender ligações apenas ao levar o telefone próximo à orelha. Já o Slide Aside é uma função que permite realizar até três comandos gestuais para abrir aplicativos para multitarefa conforme mencionado acima.
O smartphone também tem um Modo Convidado, que permite que ele seja usado por toda uma família, por exemplo, por meio de senhas diferentes, assim como acontece no sistema Windows para computadores.
Fora isso, o aparelho vem com uma versão do Polaris Office, que permite apenas a visualização de arquivos do Microsoft Office, mas não a edição.
A bateria curva do G Flex tem capacidade de 3.500 mAh, mas não é removível, o que limita a vida útil do gadget. No entanto, nos testes do INFOlab, ele aguentou 11h49 de reprodução contínua de vídeo. Essa é a melhor marca atingida até hoje por um smartphone, superando as dez horas de autonomia de uso do Samsung Galaxy Note 3.
As câmeras do G Flex estão dentro da média entre os novos smartphones topo de linha. A principal conta com um sensor de 13MP e grava vídeos em 4K, enquanto a frontal tira fotos com resolução de 2.1MP. Apesar da qualidade das imagens ser acima da média, a câmera em si não traz inovações significativas e poderia, ao menos, contar com tecnologia de estabilização óptica. Como o smartphone é topo de linha, esperava-se mais dele nesse quesito.
O LG G Flex é um smartphone que prova um conceito que tem implicações interessantes para o futuro, ao mesmo tempo que é um aparelho poderoso em diversos aspectos de usabilidade. A bateria e a tela curvas podem culminar em dispositivos flexíveis no futuro e certamente essas são as principais inovações trazidas pela LG ao mercado de smartphones com esse produto. Para o consumidor, ele é um excelente smartphone, que terá que fazer a sua escolha entre os principais topo de linha baseando-se em sua exigência de uso diário. Por exemplo, o que é mais importante: autonomia de bateria ou tela Full HD? Um sensor de digitais e batimentos cardíacos é mais importante do que o design atraente de um smartphone curvo? Considerando essas questões, é possível determinar qual seria o melhor dispositivo para você.
Chipset | Qualcomm Snapdragon 800 (MSM8974) |
---|---|
CPU (SoC) | Krait 400 Quad core 2,26 Ghz |
GPU | Adreno 330 |
Sistema | Android 4.2.2 (Jellybean) |
Armazenamento | 32GB |
Tela | 6 polegadas (1080 x 720p) |
Conexões | 4G (LTE-A Cat 4), Wi-Fi ac dual band, GPS com GLONASS, Bluetooth 4.0 |
Peso | 177g |
Prós | Tela OLED curva, configuração, bateria |
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Contras | Resolução de tela HD e Android desatualizado |
Conclusão | Smartphone com design inovador, com configuração potente e autonomia de bateria excepcional |
Configuração | 9.3 |
Usabilidade | 7.6 |
Diversão | 8.7 |
Bateria | 9.6 |
Design | 8.5 |
Média | 8.7 |
Preço | R$ 2.699 |