Com base na forte integração com a divisão de displays, a LG acredita que será uma das principais competidoras no mercado de celulares nos próximos anos (LG)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 10h30.
São Paulo - A divisão de handsets da LG está com uma estratégia nova para se consolidar na segunda posição na venda de smartphones no Brasil, resultado alcançado, segundo a empresa, em 2011. A opção da LG é por oferecer várias alternativas no segmento intermediário do mercado, que é aquele que gasta entre R$ 400 e R$ 1 mil em um aparelho.
Segundo Jan Petter Kjekshus, diretor da divisão de handsets da LG no Brasil, o primeiro passo foi colocar o LG Optimus L3 no mercado por R$ 429, o que deve ser acompanhado da chegada ainda do L5 (na faixa dos R$ 600) e do L7, por R$ 999.
Os três celulares são Android, sendo que o L7 e o L5 já terão a versão Ice Cream Sandwich, e o L3 e o L5 terão ainda versões dual-chip, que é outra aposta importante da LG. "Smartphones com mais de um chip também têm uma grande demanda no mercado brasileiro, a exemplo dos celulares mais baratos", diz Kjekshus.
Essa estratégia deve consolidar a posição da LG no País, mas é apenas um primeiro passo. Hoje, a LG tem como prioridade o desenvolvimento de smartphones com LTE. Tanto que no último Mobile World Congress a fabricante sul-coreana era quem trazia o maior número de lançamentos de aparelhos 4G.
A explicação é simples: a LG tem hoje uma quantidade significativa das patentes do LTE, o que permite que o handset da empresa seja mais barato. Com base nisso, e na forte integração com a divisão de displays da empresa (responsável pela fabricação das telas dos televisores e monitores), a LG acredita que será uma das principais competidoras no mercado de celulares nos próximos anos.
A proximidade com a área de displays, aliás, é o que explica a aposta da empresa em smartphones com recursos de vídeo 3D, área em que a LG lidera quando o assunto é televisão.
Para o Brasil, a operadora ainda não tem planos específicos para celulares 4G, pois isso ainda depende da definição da estratégia das empresas operadoras. Mas já se sabe que no momento em que as redes estiverem disponíveis, a fabricante deve desembarcar por aqui a sua linha de tablets, que até agora tem deixado de fora da disputa com Samsung e Apple. "Achamos que na briga dos tablets, a oportunidade melhor estará quando começar a quarta geração", diz o executivo.