Christine Lagarde defendeu a importância de uma mulher dirigir o FMI (Dominique Charriau/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h31.
Paris - A ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, divulgou nesta quinta-feira no Twitter e no Facebook sua candidatura à direção do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em uma conversa de uma hora com os internautas, Lagarde abordou questões como a necessidade de ter a uma mulher à frente dessa instituição financeira, seu desejo de melhorar a representatividade no FMI e sua intenção de lutar globalmente contra a inflação, visto que "prejudica os menos privilegiados".
A candidata também defendeu o papel do FMI, ao lado da União Europeia, nos resgates financeiros de países como a Grécia e Portugal e destacou que fará "tudo o que for possível" para melhorar a relação - "já muito boa" - entre o Fundo e o Grupo dos Vinte (G20, que reúne as economias ricas e as principais emergentes).
No Facebook, Lagarde escreveu que "a melhor maneira de melhorar a legitimidade (do FMI) é trabalhar constantemente por sua representatividade, tanto na governança como no nível dos funcionários".
Sua "habilidade para incluir, a fim de criar consenso, para mediar, quando necessário, para dar confiança e para conectar os governos" foram as qualidades que enumerou quando perguntada sobre quais outras características, além de ser mulher, faziam dela uma candidata idônea para o posto.
Alguns internautas denunciaram "censura" na conversa, ao afirmarem que Lagarde omitia as perguntas sobre a chamada taxa Tobin, um imposto também conhecido como "taxa Robin Hood" que cobraria minimamente por transações financeiras para arrecadar dinheiro para lutar contra a pobreza.
Lagarde, que dedicou uma hora a responder a algumas perguntas dos internautas, quase todas em inglês, contava no dia anterior à conversa com 2.295 seguidores no Twitter e 9.665 no Facebook.
Ao término da entrevista coletiva virtual, a candidata tinha somado 123 novos seguidores em Twitter e outros 77 no Facebook.
Até agora, os candidatos declarados para ocupar o cargo de diretor-gerente do FMI, além de Lagarde, são o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, e o do Banco Nacional do Cazaquistão, Grigori Marchenko.
O organismo financeiro com sede em Washington, que elegerá seu novo líder no próximo dia 30 de junho, antecipou nesta quinta-feira que anunciará os nomes de todos os aspirantes na próxima semana.