Testes: a L’Oréal irá usar a plataforma de impressão da Organovo para imprimir tecido conjuntivo (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2015 às 10h55.
Fabricantes de cosméticos gastam muito dinheiro em pesquisa e desenvolvimento para criar... pele humana. Isso porque elas precisam testar exaustivamente seus produtos, para ter certeza de que eles terão o efeito desejado nos consumidores.
Essa tecnologia também diminuiria a dependência de testes em animais, alvo de muitas críticas.
Atualmente, a francesa L’Oréal, por exemplo, cria cinco metros quadrados de pele por ano. Mas ela quer mais.
A fabricante de cosméticos anunciou uma parceria com a Organovo, uma startup americana que usa tecnologia de bioimpressão para criar tecido humano capaz de replicar as funções biológicas do corpo.
A L’Oréal irá usar a plataforma de impressão da Organovo para imprimir tecido conjuntivo.
O processo identifica "elementos chave na construção e composição" da pele a ser reproduzida e cria uma espécie de "biotinta", ou bloco de construção multicelular, para isso.
Atualmente, a empresa de cosméticos transforma tecido conjuntivo em células, fazendo-as crescer em um ambiente que imita um corpo humano. A pele original é doada por pacientes de cirurgias plásticas.
Uma única amostra de pele artificial tem 0,5 cm2 de largura e um milímetro de espessura, em um processo que demora uma semana.
Das quase 100 mil amostras de pele criadas em laboratório pela empresa, metade delas é usada pelo centro de pesquisa da L’Oréal.
A outra metade é vendida para empresas farmacêuticas e de cosméticos, segundo reportagem da Bloomberg.
Ainda de acordo com o texto, a L’Oréal espera que a tecnologia da Organovo aumente a precisão e a velocidade do processo.
A startup também tem acordos com a farmacêutica multinacional Merck para a produção de um fígado impresso em 3D.