Tecnologia

Krokodil, droga que necrosa membros, chega aos EUA

Na última semana de setembro, reportagens confirmaram os primeiros casos do uso da substânica no estado do Arizona

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 17h07.

São Paulo - O Krokodil, droga injetável semelhante à heroína e com efeitos colaterais devastadores, foi registrada no site americano Erowid.

O serviço é especializado em listar os narcóticos disponíveis no mercado dos Estados Unidos. Na última semana de setembro, reportagens confirmaram os primeiros casos do uso da substânica no estado do Arizona.

O Krokodil é mais barato do que a heroína e tem poder sedativo dez vezes superior à morfina, com alto grau viciante. Em sua fabricação, remédios analgésicos com efeito opiáceo são misturados a substâncias como gasolina, solventes e ácido hidroclorídrico.

O nome do narcótico se deve aos seus efeitos fatais: por conta da combinação de substâncias, o Krokodil necrosa os tecidos do usuário, deixando a pele escamosa como a de um crocodilo. Em registros chocantes, viciados na droga aparecem com partes de seus corpos em carne viva, com os ossos expostos.

A substância começou a ser utilizada na Rússia no início da década de 1990, logo após o fim da União Soviética. O país europeu é um dos maiores consumidores de heroína do mundo. Nos últimos anos, o uso do Krokodil foi registrado em outros países do Leste Europeu, como a Ucrânica.

Com a chegada da droga no Ocidente e seu preço acessível, as autoridades estão preocupadas para um possível surto de usuários. Em um artigo publicado no periódico britânico The Independent, o doutor Dr. Allan Harris, especialista no tratamento de viciados em drogas, afirmou que suspeita ter tratado um usuário de Krokodil no país europeu.

A revista médica britânica The Lancet informou que, em 2010, mais da metade das 78 mil mortes atribuídas ao uso de drogas no mundo esteve relacionada aos opiáceos.

Acompanhe tudo sobre:DrogasEstados Unidos (EUA)Países ricosRemédios

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble