São Paulo - O arquiteto-chefe do Xbox One, Marc Whitten, confirmou que, ao contrário do que foi divulgado anteriormente pela Microsoft, o novo console não precisará do Kinect para funcionar.

"O console continuará funcionando se o Kinect não estiver plugado, embora você não possa usar nenhum recurso que faça uso explícito do sensor", disse Whitten em nova entrevista ao IGN.

O executivo esclareceu que será possível escolher uma opção no sistema para desabilitar "completamente" as funções do Kinect no Xbox One, sem que ele possa coletar qualquer tipo de informação. "Se você iniciar um jogo que precise de Kinect, como o Kinect Sports Rivals, por exemplo, você será perguntado pelo sistema sobre ligar o sensor para continuar a experiência", explicou Whitten.

Por enquanto, todas as versões do Xbox One serão vendidas junto com o Kinect, mesmo com a confirmação sobre a não obrigatoriedade do aparelho.

Arrependimentos

A Microsoft parece ainda estar tentando se recuperar do abalo sofrido pelo Xbox One na E3. Durante a feira, que ocorreu há dois meses em Los Angeles, o novo console foi severamente criticado por propor medidas restritivas a jogos usados e necessidade de conexão em tempo integral - características rejeitadas pela Sony e o PS4.

Pouco após uma declaração polêmica do ex-presidente de negócios interativos da Microsoft, Don Mattrick, dada durante o evento, na qual o executivo recomendou a compra do Xbox 360 para os gamers que não tivessem conexão, a empresa voltou atrás em ambas as propostas.

A necessidade do Kinect também causou discussões, sobretudo com relação à privacidade dos usuários. O governo alemão chegou a classificar o periférico como um "aparelho de monitoramento" por ficar sempre ligado e coletar informações do ambiente em tempo integral.

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O Xbox One, com Kinect incluso, custará 2.199 reais no Brasil.