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Kindle

A Amazon lançou no Brasil no ano passado a nova versão mais básica do Kindle, que, em sua 7ª geração, tem tela sensível ao toque em vez dos botões que eram usados para mudar de página. O aparelho é vendido no país por 300 reais na loja online da marca, bem como nas redes de […]

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 17h46.

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A Amazon lançou no Brasil no ano passado a nova versão mais básica do Kindle, que, em sua 7ª geração, tem tela sensível ao toque em vez dos botões que eram usados para mudar de página. O aparelho é vendido no país por 300 reais na loja online da marca, bem como nas redes de varejo, mas promoções recorrentes reduzem esse valor para 200 reais. Com isso, o Kindle pode ser considerado o e-reader mais barato do mercado nacional – e o baixo custo pode ser explicado porque a Amazon é uma livraria e usa o dispositivo como uma forma de oferecer acesso ao seu acervo e-books, o que pode gerar lucro para a empresa.

Design

Em termos de produto, o Kindle é bastante simples. Seu design com estilo de tablet é oferece uma boa experiência para a leitura. As bordas laterais da tela são compridas, tendo a largura de quase uma polegada. Fica claro que este é um dos principais pontos em que a Amazon diferencia o modelo de baixo custo das demais edições. Há também uma grande borda inferior com quase duas polegadas de largura. Essas características são bem diferentes na edição Kindle PaperWhite, que além de ter retroiluminação para ler em ambientes escuros, tem um design mais refinado.

Fora a questão estética, esse Kindle tem uma construção em plástico que oferece resistência para o transporte diário, seja em uma mochila, em uma bolsa ou em uma maleta. Adquirir uma capa é vantajoso para proteger o produto no caso de quedas eventuais ou manter a integridade do aparelho. Riscos podem aparecer especialmente na carcaça se você deixar o Kindle na bolsa junto com outros objetos.

Com 191 gramas, o dispositivo é leve o suficiente para que o leitor possa segurá-lo durante longos períodos sem se cansar. Isso sem falar que ele é consideravelmente mais leve do que qualquer volume de As Crônicas do Gelo e do Fogo, por exemplo.

Experiência de leitura

Não é preciso comprar um livro na Amazon para poder lê-lo no Kindle. Quando plugamos o aparelho em um computador com um cabo microUSB-USB, ele é montado como um pen-drive. A partir daí, basta copiar e colar arquivos para que eles sejam acessíveis no dispositivo. Há suporte para arquivos nos formatos AZW3, .azw, .txt, .pdf, .mobi, e .prc; e .html, .doc, .docx, .jpeg, .gif, .png, e .bmp com conversão. Ou seja, nada de ePub, um popular formato de e-books. Quem quiser ler um título salvo neste formato precisará convertê-lo com uma ferramenta gratuita online.

Se o seu objetivo é usar o Kindle para ler em formato PDF, a Amazon oferece uma ferramenta de conversão automática por e-mail. É preciso enviar um e-mail com o assunto “convert” e o arquivo anexo para a sua conta Amazon (você pode conferir o endereço vinculado ao seu Kindle fazendo login em um computador). Quando o dispositivo sincronizar sua biblioteca a partir da nuvem, o arquivo aparecerá e estará pronto para a leitura.

Todas as compras que você fizer na livraria virtual da Amazon são sincronizadas com o Kindle, que estará com a sua conta logada. Sendo assim, você pode adquirir títulos no PC, no smartphone ou no próprio e-reader. Um recurso interessante que tira proveito da computação na nuvem é a continuidade da experiência de leitura oferecida pelo Kindle, seja no aparelho em si, no computador ou no app para celular. Se você começa a ler no Kindle um livro comprado na Amazon, você pode continuar a ler onde quiser, pois há uma sincronia multiplataforma do ponto em que você parou.

É possível criar anotações em determinados trechos do texto, destacar frases e pesquisar o significado de palavras desconhecidas (o que é especialmente útil ao lermos livros em outro idioma). Se houver uma conexão Wi-Fi disponível, o Kindle permite também compartilhar os trechos destacados no Facebook ou no Twitter.

O acesso ao dicionário merece destaque por ser ágil (o processo leva aproximadamente um segundo) e prover o leitor com informações corretas. Basta pousar o dedo sobre uma palavra para que o seu significado seja exibido em uma janela pop up dentro do texto, que pode ser fechada intuitivamente. A busca de palavras tem integração com a Wikipedia e a tradução, se necessária, é feita pelo Bing – desde que haja uma Wi-Fi por perto.

Outro recurso interessante para quem lê romances com muitos personagens é o chamado X-Ray, que mostra dados relacionados a determinados nomes. Contudo, esse recurso está disponível em maior escala para os livros em inglês comprados na Amazon.

Com isso, a experiência de leitura oferecida pelo novo Kindle é a melhor que encontramos nos dispositivos disponíveis no mercado, superando o Saraiva Lev e o Kobo Aura HD (distribuído pela Livraria Cultura no Brasil). Muito disso se deve ao ecossistema maduro da Amazon, que teve alguns anos para corrigir eventuais falhas – lembrando que o primeiro Kindle foi lançado em novembro  de 2007.

Configuração

O processador do aparelho é 20% mais potente do que o da geração anterior, segundo a fabricante. Porém, isso não tem um impacto importante na usabilidade, uma vez que, basicamente, quase tudo que você faz é virar páginas e abrir e-books.

São 4 GB de armazenamento interno, ou seja, como os e-books são leves, nem mesmo a Amazon sabe estimar corretamente quantos livros digitais poderiam ser guardados no Kindle. A empresa informa apenas que podem ser “milhares”.  Em todo caso, vale ressaltar que a Amazon oferece um acervo de 40 mil títulos em português, e muito mais em inglês.

A bateria, como sempre, é um ponto de destaque neste tipo de aparelho. Por conta com tela com tecnologia de tinta eletrônica (e-ink), o Kindle requer recarga uma vez por mês, com um uso de até 120 horas longe da tomada. Falando termos práticos: você vai carregá-lo uma vez por mês se usá-lo regularmente.

O sistema do Kindle oferece fluidez durante a leitura, ou seja, nada de travamentos ou intermitências na tela ao mudarmos de página – algo que o INFOlab já viu em outros e-readers recentemente.

Um recurso bônus é um navegador de internet. O ideal é usá-lo somente em casos de emergência, já que a própria Amazon alerta que o software está em edição beta, ou seja, há bugs. Durante os testes, algumas páginas faziam o browser fechar aleatoriamente. Em todo caso, esse recurso pode ser útil na falta de um dispositivo melhor para navegar.

Vale a pena?

Se você procura um dispositivo para leitura que não canse os olhos tão rapidamente quanto um smartphone ou tablet e tenha uma boa duração de bateria, o Kindle é uma boa opção de compra. O dispositivo atende bem ao usuário em todas as funções às quais se propõe – e deixa claro que o seu ponto fraco, a navegação na web, é um recurso adicional. Cliente da Amazon ou não, o aparelho funciona e pode ser encontrado por um preço mais baixo que os concorrentes no mercado brasileiro.

Ficha técnica

Tela6'' (e-ink)
Armazenamento4 GB
ConexãoWi-Fi e microUSB
Dimensões11,9 x 16,9 x 1,0 cm
Bateria120 horas

Avaliação técnica

PrósBarato, sistema fluído, permite compartilhamento de trechos do livro
ContrasConversão de arquivos .PDF requer conexão Wi-Fi
ConclusãoÓtimo leitor digital de baixo custo
Compatibilidade7,5
Usabilidade 8,5
Configuração8,7
Design7,8
Bateria7,4
Extras7,9
Média8.2
PreçoR$ 299
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