Julian Assange, fundador do site WikiLeaks (Dan Kitwood/Getty Image)
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 11h18.
São Paulo - A Corte de Apelação de Svea, em Estocolmo, na Suécia, negou ontem recurso da defesa do ativista Julian Assange, fundador do site Wikileaks. Ele é acusado pela Justiça local de suspeita de estupro. Assange nega a acusação.
A promotoria começou a investigar a acusações de estupro contra Assange, cidadão australiano, em setembro. O gabinete da promotoria informou em comunicado que decidiu pedir a prisão de Assange sob suspeita de estupro, abuso sexual e coerção ilegal.
"A razão para o meu pedido é que nós precisamos interrogá-lo. Até agora, nós não fomos capazes de encontrá-lo para interrogatório", disse Marianne Ny, coordenadora do caso da promotoria sueca contra Assange.
Assange afirma que as acusações contra ele não têm fundamento e criticou o que ele chamou de um circo jurídico na Suécia, onde ele tenta construir uma base para se beneficiar das estritas leis de proteção ao jornalismo.
Em 4 de novembro, ele afirmou que poderá buscar asilo político na Suíça.
O WikiLeaks causou ira no Pentágono pela divulgação de documentos relacionados às guerras dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.
No mais recente episódio, em outubro, o site divulgou cerca de 400 mil documentos sigilosos dos EUA sobre a guerra no Iraque. Os documentos mostram mortes de mais de 15 mil civis iraquianos além do relatado oficialmente.
Na segunda-feira, o WikiLeaks anunciou ter um lote de 2,8 milhões de documentos, que serão divulgados em breve e “poderão mudar o mundo”.