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Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2010 às 15h15.
Washington - O secretário de Justiça de Connecticut anunciou que conduzirá uma investigação de múltiplos Estados norte-americanos sobre a coleta pelo Google de dados de redes sem fio. A coleta foi feita por veículos que fotografam ruas para o serviço Street View da empresa.
O secretário Richard Blumenthal disse na segunda-feira que mais de 30 Estados dos EUA participaram de uma recente teleconferência sobre a questão.
Foi o mais recente desdobramento em uma controvérsia sobre defesa da privacidade que irrompeu em maio, com a notícia de que os veículos do Google Street View recolheram alguns dados pessoais que estavam sendo transmitidos por redes WiFi.
A companhia já enfrenta uma investigação informal sobre o assunto pela Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos e diversos inquéritos em outros países e processos judiciais coletivos.
"Meu gabinete liderará uma investigação multiestadual, com o envolvimento de número significativo de Estados, sobre a invasão muito perturbadora que o Google praticou contra a privacidade pessoal", afirmou Blumenthal em comunicado.
"Os consumidores têm o direito e a necessidade de saber que informações, as quais podem incluir endereços de email, dados sobre hábitos de navegação online e senhas da Web, foram recolhidas pelo Google, como e por que razão."
Blumenthal diz que o Google vem colaborando, mas "as respostas que ofereceu até agora só serviram para gerar novas dúvidas".
"Nossa investigação vai considerar se leis foram violadas e se mudanças nos estatutos federais e estaduais são necessárias", afirmou.
O Google usa frotas de veículos em todo mundo para recolher imagens panorâmicas de ruas, já há alguns anos. As pessoas que usam o atlas online do Google em busca de endereços e informações muitas vezes podem visualizar fotos recolhidas pelo Street View.
O Google diz que utiliza dados sobre a localização de redes WiFi para melhorar os serviços baseados em localização nos celulares inteligentes acionados por seu sistema operacional.
A empresa revelou que sua frota estava coletando dados de redes sem fio em abril, mas na ocasião disse que nenhuma informação pessoal dessas redes estavam envolvidas no caso. Porém, depois de uma auditoria pedida pela Alemanha, o Google reconheceu em maio que estava recolhendo informações de maneira equivocada.