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Juíza permite que Musk modifique ação contra o Twitter e se recusa a adiar processo

"Quanto mais o julgamento for adiado, maior será o risco de danos irreparáveis ao Twitter", disse a juíza

Elon Musk (Dimitrios Kambouris/Getty Images)

Elon Musk (Dimitrios Kambouris/Getty Images)

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AFP

Publicado em 7 de setembro de 2022 às 13h43.

O magnata Elon Musk foi autorizado nesta quarta-feira(7) por uma juíza dos Estados Unidos a incluir entre seus argumentos para desistir da compra do Twitter as denúncias feitas por um ex-responsável de segurança da rede social.

Em contrapartida, a juíza de Delaware, Kathaleen McCormick, recusou-se a adiar o processo, conforme solicitado por Musk, considerando que o atraso expõe a empresa a maiores prejuízos, segundo o texto da sentença consultado pela AFP.

No início de julho, Musk anunciou que estava rompendo com o acordo de compra de 44 bilhões de dólares alcançado com o conselho administrativo do Twitter, acusando a empresa de não ter respeitado seus compromissos e de não comunicar o número exato de contas falsas e de spam em sua plataforma.

O Twitter entrou com uma ação para exigir que o empresário cumpra o acordo.

Mas um ex-diretor de segurança da rede social, Peiter Zatko, acusou a empresa de esconder vulnerabilidades em seu sistema de proteção e de mentir sobre sua luta contra contas falsas.

Zatko enviou um longo documento às autoridades americanas no início de julho, mas que só foi divulgado no final de agosto.

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Os advogados de Musk pediram para incluir as denúncias do ex-funcionário do Twitter em sua defesa.

A juíza entendeu que Musk tem o direito de modificar sua queixa, embora não tenha se pronunciado sobre o "mérito" ou a relevância dessas acusações, até que sejam plenamente fundamentadas e contra-argumentadas pelas partes.

Ela novamente se recusou a adiar o processo, que começará conforme programado em 17 de outubro e durará cinco dias.

"Quanto mais o julgamento for adiado, maior será o risco de danos irreparáveis ao Twitter", disse McCormick.

A juíza destacou que a empresa sofre atualmente com a demissão de muitos funcionários e "é forçada há meses a operar em meio às dificuldades de um acordo de fusão rejeitado" pela parte compradora.

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