Celular com app Wallet, do Google: juíza disse que o Google elevou o risco de roubo de identidade (Flickr.com/feuilllu)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2015 às 20h48.
Uma juíza federal negou o apelo do Google de arquivar processo que acusa a empresa de invadir a privacidade de clientes do serviço de pagamento eletrônico Google Wallet ao repassar dados pessoais a outros desenvolvedores de aplicativos.
Em decisão na quarta-feira, a juíza Beth Labson Freeman, de San Jose, Califórnia, disse que o Google precisa enfrentar as alegações de que descumpriu contrato com os usuários; infringiu obrigação de lidar com usuários corretamente e em boa fé; e violou uma lei de defesa dos consumidores da Califórnia.
Ela rejeitou duas outras acusações.
Freeman disse que os usuários do Google Wallet podem tentar mostrar que o Google "frustrou" o propósito de sua própria política de privacidade ao permitir "abertura ampla e universal" de suas informações pessoais para desenvolvedores de aplicativos sempre que comprarem aplicativos da Google Play Store.
A principal pleiteante é Alice Svenson, residente de Illinois que disse que o Google enviou desnecessariamente informação pessoal sobre ela para a YCDroid quando pagou 1,77 dólar a esse desenvolvedor por um aplicativo de e-mail.
Ela disse que o Google elevou o risco de roubo de identidade, ao enviar rotineiramente informação sobre usuários do Google Wallet, como endereços e códigos postais, telefones e e-mails para desenvolvedores de aplicativos.
A porta-voz do Google Anaik Weid recusou-se a comentar nesta quinta-feira. Advogados dos pleiteantes não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
Lançado em 2011, o Google Wallet armazena informações de cartão de crédito e débito e permite a consumidores pagar por bens ao aproximar o celular de terminais nos caixa das lojas.