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Juiz britânico aprova extradição de Julian Assange à Suécia

Segundo juiz, não há motivos para se imaginar que o hacker não terá um julgamento justo na Suécia

Assange, fundador do WikiLeaks: defesa teme julgamento sem testemunhas na Suécia (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Assange, fundador do WikiLeaks: defesa teme julgamento sem testemunhas na Suécia (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 09h08.

Londres - Um juiz britânico aprovou nesta quinta-feira a extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, à Suécia, país que o reivindica por supostos crimes sexuais.

De acordo com a emissora pública "BBC", o juiz Howard Riddle comunicou sua decisão às partes na audiência realizada no Belmarsh Magistrates Court (tribunal do sul de Londres).

A Justiça sueca acusa Assange de três crimes de agressão sexual e um de estupro a partir da denúncia de duas mulheres, que declararam que os fatos ocorreram em agosto de 2010.

Riddle considerou que não há motivos para pensar que Assange não terá um julgamento justo na Suécia, nem para temer que será entregue aos Estados Unidos para ser processado por traição após o vazamento, através do WikiLeaks, de milhares de documentos oficiais americanos.

Na última audiência deste processo judicial, que ocorreu há duas semanas, a defesa de Assange argumentou que uma extradição imporá ao fundador do WikiLeaks um julgamento sem testemunhas, como o que estabelece a lei sueca para os delitos sexuais.

Os advogados também afirmaram que se for entregue à Suécia, poderá acabar sendo entregue aos EUA, onde pode ser processado por um crime de alta traição e executado.

A defesa de Assange, de 39 anos, tem agora um prazo de sete dias para recorrer da decisão de Riddle na Suprema Corte de Londres.

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