jp morgan (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 13h33.
O JPMorgan Chase, o maior banco dos Estados Unidos por ativos, pagará US$ 1,7 bilhão às vítimas da fraude de Bernard Madoff como parte de um acordo com as autoridades americanas.
O acordo estabelece que as autoridades federais apresentarão duas acusações contra o banco por violações da lei de sigilo bancário por sua relação comercial com Madoff.
No entanto, as acusações ficarão suspensas durante dois anos, enquanto a instituição reforma suas políticas contra a lavagem de dinheiro, admite sua responsabilidade e paga a compensação.
O promotor federal para o distrito do sul de Manhattan, Preet Bharara, fornecerá mais detalhes sobre o acordo em entrevista coletiva à tarde ao lado com outros responsáveis de instituições federais.
A punição de US$ 1,7 bilhão é o maior já imposto a um banco e também a maior sanção aplicada pelo Departamento de Justiça por violações da lei de sigilo bancário.
O acordo fechará a investigação das autoridades sobre se o banco ignorou a fraude de Bernard Madoff, a mais importante da história dos Estados Unidos.
O pacto entre JPMorgan Chase e a promotoria federal de Manhattan e os órgãos reguladores de Washington incluiria o uso do chamado "acordo de acusação diferida", um procedimento usado muito raramente no setor financeiro do país.
Este tipo de acordo significa a apresentação de acusações e a suspensão da inculpação sempre que a parte implicada reconheça os fatos e modifique sua conduta.
A investigação busca saber se alguns empregados do banco descumpriram uma lei federal que requer que as entidades financeiras comuniquem às autoridades as atividades suspeitas, já que JPMorgan Chase era um dos bancos preferidos por Madoff em suas operações.
Madoff, de 75 anos, cumpre uma condenação de 150 anos de prisão pela maior fraude piramidal descoberta no país, com a qual atraía investidores com a promessa de elevados lucros e por meio da qual chegou a obter US$ 50 bilhões.
Detido em 2008, Madoff se declarou culpado em 2009 de onze acusações e atualmente um tribunal federal de Manhattan julga vários de seus antigos colaboradores.