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Jogos de azar mantêm apostadores ativos com inteligência artificial

Parte do problema está no fato de que os usuários aceitam termos de serviço sem fazer leitura analítica

 (Pixabay/Reprodução)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 2 de maio de 2018 às 15h44.

Última atualização em 2 de maio de 2018 às 15h48.

São Paulo – Os jogos de azar online estão usando inteligência artificial para mapear os hábitos de jogadores para mantê-los ativos. Para isso, eles analisam o perfil de cada usuário e oferece promoções nas horas certas para que eles não saiam do jogo. É isso que revela uma reportagem do jornal britânico The Guardian, que ouviu fontes ligadas a essa indústria.

Cada clique dos usuários é analisado para aumentar os ganhos da empresa por trás dos jogos, e não para melhorar a experiência de uso.

O jornal relaciona a prática dessas empresas com a falta de leitura e escrutínio de termos de serviço e privacidade de aplicativos desse tipo. Por outro lado, os termos são longos e as companhias não fazem questão alguma de facilitar o entendimento de pontos importantes do contrato.

“A indústria é voltada a levar as pessoas a se tornarem viciadas em algo que causa um dano imenso, não apenas à sociedade, mas também aos indivíduos e suas famílias. Eles são sanguessugas parasitárias e não vou pedir desculpas por dizer isso”, disse ao jornal Carolyn Harris, que é membra do parlamento pelo Labour Party (partido de centro-esquerda) e fez campanha pela reforma dos jogos com apostas.

A legislação ainda tenta se alinhar globalmente com o avanço das empresas de tecnologia e empresas de outros ramos que agora usam tecnologia para mudar ou melhorar a dinâmica das suas operações. Um dos recentes avanços nesse sentido é a legislação de proteção de dados da União Europeia, que fortalece a importância dos consumidores serem devidamente informados sobre pontos cruciais do contrato entre usuários e empresas, bem como garante a possibilidade de download de dados pessoais.

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