Tecnologia

Jeff Bezos anuncia que deixará de ser CEO da Amazon

Bezos continuará na empresa, em outro cargo executivo. Andy Jassy, atual CEO da AWS, assume o posto

Jeff Bezos: fundador da Amazon afirmou que irá deixar o posto de CEO a partir do terceiro trimestre (Lindsey Wasson/Reuters)

Jeff Bezos: fundador da Amazon afirmou que irá deixar o posto de CEO a partir do terceiro trimestre (Lindsey Wasson/Reuters)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 18h17.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às 18h59.

O atual CEO e fundador da Amazon, o bilionário Jeff Bezos, anunciou nesta terça-feira, 2, que está iniciando um processo de transição e que deixará o cargo a partir do terceiro trimestre deste ano. Bezos continuará na empresa, como presidente do conselho executivo.

Em uma carta aos funcionários, publicada no site da Amazon, Bezos afirma que será substituído por Andy Jassy, que autalmente é CEO da AWS, o serviço de computação em nuvem e servidores da Amazon.

Bezos afirmou que Jassy será um "líder notável, e ele tem toda a minha confiança". Jassy está na empresa desde 1997 e ajudou a construir a AWS desde o início da ideia. Na carta de anúncio de transição, Bezos reconhece a participação do executivo na formação da Amazon.

O anúncio da mudança no topo da empresa foi feito no mesmo dia em que a Amazon divulgou seus resultados do último trimestre do ano passado. A companhia divulgou um recorde de 125,5 bilhões de dólares de faturamento em um único trimestre. A divisão comandada por Jassy é responsável atualmente por 52% do lucro operacional. As vendas cresceram 37% em 2020.

Para Jassy, resta a missão de continuar o legado de sucesso do fundador da empresa. No mercado de tecnologia, há histórias de sucesso nesse sentido: Steve Ballmer substituiu Bill Gates na Microsoft; Sundar Pichai assumiu o Google e ajudou a empresa a prosperar depois de liderar o time de Google Chrome; e Tim Cook deu ganho de escala ao legado de design de Steve Jobs na Apple.

Qual o futuro de Bezos?

Bezos afirmou no comunicado de saída que acredita que a Amazon está em sua fase mais inovadora e que está animado com a transição.

Ele acrescentou que não pensa em aposentadoria e que sendo presidente do conselho continuará a prestar atenção na Amazon, ao mesmo tempo em que consegue se dedicar a suas outras empresas e "paixões".

"Terei o tempo e energia que preciso para focar no Fundo Dia 1, o Fundo Bezos pela Terra, a Blue Origin e o The Washington Post, e minhas outras paixões. Nunca tive tanta energia, e isto não é sobre aposentadoria. Eu estou super apaixonado pelo impacto que acredito que estas organizações podem ter", disse.

"Esta é uma jornada que começou há 27 anos. A Amazon era apenas uma ideia e não tinha nome. A questão que eu mais recebia na época era 'o que é a internet?'. De maneira abençoada, há muito tempo não tenho que responder a isso", disse Bezos na carta aos funcionários.

A Amazon foi fundada em 1994 como uma empresa que vendia livros online. De lá para cá, muita coisa mudou e a empresa se tornou um dos gigantes da internet, dominando áreas como varejo digital, serviços de computação em nuvem e até fabricação de gadgets e inteligência artificial.

Há um ano a empresa ultrapassou 1 trilhão de dólares em valor de mercado sob a liderança de Bezos. Hoje a Amazon vale mais de 1,6 trilhão de dólares.

"Continuem inventando, e não se desesperem se a primeira ideia parecer maluca. Lembrem-se de vagar por aí. Deixe a curiosidade ser a sua bússola. Continua sendo o dia 1", finalizou o fundador.

Acompanhe tudo sobre:Amazonjeff-bezos

Mais de Tecnologia

Google cortou 10% dos cargos executivos ao longo dos anos, diz site

Xerox compra fabricante de impressoras Lexmark por US$ 1,5 bilhão

Telegram agora é lucrativo, diz CEO Pavel Durov

O futuro dos jogos: Geração Z domina esportes eletrônicos com smartphones e prêmios milionários