Tecnologia

Japoneses criam máquina que detecta doenças pela respiração

Protótipo já consegue identificar com sucesso a cirrose hepática ao detectar o amoníaco presente no ar espirado pelo paciente


	Homem respirando: sistema utiliza osciladores eletrônicos de quartzo cujos eletrodos são recobertos com membranas especiais
 (thinkstock)

Homem respirando: sistema utiliza osciladores eletrônicos de quartzo cujos eletrodos são recobertos com membranas especiais (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 07h05.

Tóquio - Uma empresa de Tóquio, no Japão, desenvolveu um protótipo de uma máquina para detectar doenças através da respiração, um dispositivo que poderia permitir a realização de diagnósticos de forma mais rápida e simples no futuro.

O protótipo, concebido pela empresa de produtos de quartzo Nihon Dempa Kogyo (NDK) em parceria com a Universidade de Kitakyushu, já consegue identificar com sucesso a cirrose hepática ao detectar o amoníaco presente no ar espirado por pessoas que sofrem dessa doença, publicou nesta segunda-feira o jornal "Nikkei".

O sistema utiliza osciladores eletrônicos de quartzo cujos eletrodos são recobertos com membranas especiais.

Ao serem expostos aos gases presentes no ar espirado por uma pessoa e, mais tarde, a uma amostra de ar, os osciladores reagem apontando se uma substância determinada está presente ou não na respiração do indivíduo.

Segundo a NDK, a vantagem deste sistema de cristal de quartzo é que sua sensibilidade é muito maior que a de outros métodos baseados em semicondutores e sistemas micro-eletromecânicos para detectar gases a partir do odor.

O processo do protótipo atual leva cerca de 20 minutos para colher o ar espirado através de uma máscara e reduzir a umidade da amostra, por isso a NDK quer se associar com algum fabricante de equipamentos médicos para melhorar esse sistema, especialmente as membranas.

O objetivo é que o paciente possa soprar quase que diretamente sobre os osciladores, o que permitiria um diagnóstico praticamente instantâneo, segundo a empresa.

Além disso, a companhia ressaltou que a produção do equipamento teria baixo custo, já que o mesmo baseia sua tecnologia nos osciladores de quartzo, um produto bastante comum.

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