usina (Flickr/schmini)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2014 às 06h01.
O conselho de ministros do Japão aprovou nesta sexta-feira um plano de energia para o país que consagra a energia atômica como "um recurso básico importante" e sepulta oficialmente o projeto "zero nuclear" do governo anterior.
O plano a médio prazo prevê a reativação progressiva dos reatores considerados seguros pela autoridade do setor, de acordo com a ideia defendida pelo primeiro-ministro de direita Shinzo Abe desde que retornou ao poder, no fim de 2012.
Mas não afirma nada sobre o percentual que a energia atômica poderia representar no total da eletricidade produzida e consumida no Japão.
Antes do acidente da central de Fukushima, em março de 2011, a energia nuclear produzia entre 25% e 33% da energia elétrica do Japão. As autoridades pretendiam elevar o percentual a mais de 50% até 2030, mas o objetivo não foi abandonado.
O plano posterior a Fukushima do governo precedente de centro-esquerda de suprimir totalmente a energia nuclear até 2040 também caiu no esquecimento. Um compromisso entre os dois extremos é possível.
No momento, a maior parte da energia elétrica japonesa é produzida em centrais térmicas que funcionam com capacidade plena, mas o combustível importado (gás natural, petróleo, carvão) custa uma fortuna às empresas regionais.
Desde o terremoto e tsunami de 2011 que provocaram a catástrofe de Fukushima, a maioria da população defende o abandono a médio prazo da energia atômica e a opção por energias limpas e renováveis.