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IPT testa substituição de cerâmica por resina em moldes de fundição

Procedimento poderá dar mais economia e agilidade ao desenvolvimento de peças em escala reduzida

Máquina de prototipagem rápida executa modelo de hélice em resina (.)

Máquina de prototipagem rápida executa modelo de hélice em resina (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

São Paulo - O Laboratório de Metalurgia e Materiais Cerâmicos (LMMC) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está substituindo o material utilizado para fazer modelos de peças que serão fabricadas por meio do método de fundição.

No método convencional é feita uma matriz metálica com o formato em baixo relevo da peça a ser fabricada. Cera é injetada dentro dessa matriz para se obter um modelo que será revestido por lama cerâmica.

A lama endurece e a cera é retirada após ser liquefeita por meio de injeção de vapor. É essa casca de cerâmica que receberá o metal em forma líquida em seu interior – e que, após solidificado, será retirado, quebrando-se a cerâmica.

"É um método que apresenta a vantagem de reproduzir geometrias complexas. Por outro lado, ele só valerá a pena em uma produção em maior escala", disse Marcelo Ferreira Moreira, pesquisador do LMMC, à Agência FAPESP.

Com o novo método, a equipe do LMMC está tentando responder a uma demanda de outra unidade do IPT, o Centro de Engenharia Naval (CNaval), que necessita de peças em escala reduzida para simulações de componentes de embarcações.

A ideia é substituir a cera por peças de resina confeccionadas em uma máquina de prototipagem rápida, uma espécie de impressora em três dimensões.

Dessa forma, segundo Moreira, seria dispensada a matriz metálica do início do processo e poderia se tornar um método viável de fundição para se fabricar poucas peças.

Para isso ocorrer, o grupo de pesquisa ainda terá que contornar o maior obstáculo do projeto, que é retirar o modelo de resina no meio do processo. Diferentemente da cera, que tem um ponto de fusão baixo, a resina teria que ser fundida a mais de 1.000 ºC.
Outro problema seria a dilatação da resina quando submetida ao calor, o que poderia quebrar os moldes. Esses pontos estão no foco dos testes do LMMC.

"Esse trabalho será muito útil para o CNaval, que poderá fazer poucos protótipos de novas hélices de embarcações, por exemplo, e testá-las na água", disse Moreira.

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