Tecnologia

iPhone 6 dá um nó na cabeça dos espiões da NSA

O iPhone 6 é capaz de criptografar e-mails, fotos e contatos usando um algoritmo complexo criado pelo próprio usuário do smartphone


	iPhone 6 é o primeiro que atrapalha a vida dos espiões da NSA
 (David Paul Morris/Bloomberg)

iPhone 6 é o primeiro que atrapalha a vida dos espiões da NSA (David Paul Morris/Bloomberg)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 27 de setembro de 2014 às 11h53.

São Paulo – O iPhone 6 tem deixado muita gente intrigada.

Tudo por que ele pode ficar torto com facilidade, se colocado no bolso traseiro do usuário.

Mas uma outra característica do smartphone da Apple (e esta mais relevante) está passando despercebida: ele é o primeiro aparelho que, de fato, atrapalha a vida dos espiões da NSA, após as revelações do ex-agente Edward Snowden. 

Segundo o jornal The New York Times, o iPhone 6 é capaz de criptografar e-mails, fotos e contatos usando um algoritmo complexo criado pelo próprio usuário do smartphone.

E o que de fato deixa os analistas da NSA de cabelo em pé é o seguinte: a Apple não possui a chave para abrir esses dados e nem vai mais guardá-los.

Ou seja, caso a Apple receba uma ordem da justiça ou de uma agência de espionagem para entregar os dados, a resposta será bem clara: agora os espiões vão ter que se entender com o próprio usuário do smartphone.

E quanto tempo leva para NSA decodificar os dados de um iPhone 6?

A Apple diz que é por volta de 5 anos e meio.

Mas analistas ouvidos pelo New York Times falam que a empresa da maça não tem ideia da velocidade dos computadores da NSA.

Se por um lado, essa medida de segurança reforça a privacidade dos usuários, por outro ela pode ajudar terroristas a executarem seus planos no sigilo.

E isso é o que mais preocupa as autoridades nos Estados Unidos.

Uma fonte de um órgão de segurança, citado pelo jornal americano, comparou essa característica do iPhone 6 a um seguinte anúncio:

"Veja como evitar vigilância – mesmo a vigilância legal".

Uma lei aprovada pelo congresso americano, em 1994, exige que empresas do setor desenvolvam seus sistemas para que sejam interceptados, caso haja uma ordem da justiça ou das agências de segurança do país.

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