Tecnologia

iPhone 5 chega à China após queda da Apple no mercado

O mercado chinês fornece 15% da receita da Apple, mas a empresa não conseguiu chegar a um acordo com a China Mobile, que poderia melhorar sua distribuição de produtos


	iPhone 5: aparelho deve ter fortes vendas na China, mas não influenciará grandemente a participação da Apple no mercado chinês, afirmou um analista
 (Getty Images)

iPhone 5: aparelho deve ter fortes vendas na China, mas não influenciará grandemente a participação da Apple no mercado chinês, afirmou um analista (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 09h50.

Xangai - O lançamento na China do iPhone 5 na sexta-feira deve render à Apple um refúgio após um recente deslize no que provavelmente já é o maior mercado de smartphones do mundo, mas suas esperanças no longo prazo dependem de nova tecnologia que está sendo testada pela maior operadora de serviços de telecomunicações da China.

A Apple tem negociado a possibilidade de uma associação com a China Mobile há quatro anos. Um acordo com a maior operadora da China é visto como crucial para melhorar a distribuição da Apple num mercado de 290 milhões de usuários -- número que, segundo estimativas, vai dobrar neste ano.

A China é o segundo maior mercado da Apple, e aquele que registra mais rápido crescimento --o país gera cerca de 15 por cento da receita total-- mas a incapacidade da companhia em chegar a um acordo com a China Mobile significa que ela está abrindo mão de um grande número de usuários de celulares.

À medida que o bolo da China cresce, as vendas da Apple sobem, mas sem a China Mobile, ela está perdendo terreno em um ritmo mais rápido do que outras marcas.

"Em termos absolutos, esse lançamento certamente resultará em fortes vendas para a Apple na China. No entanto, em termos relativos, não acredito que vai ter grande resultado em fatia de mercado", disse o analista Shiv Putcha, do Ovum, uma consultoria global de tecnologia.


A China Mobile e a Apple inicialmente disseram estar separadas apenas por uma questão tecnológica --já que a rede 3G da operadora chinesa opera em padrão diferente da maior parte do mundo-- mas isso evoluiu para um problema mais complexo e mais amplo relacionado ao compartilhamento de receita.

"A China Mobile e a Apple ainda têm de resolver muitas disputas, como o modelo de negócios, artigos de cooperação e divisão de receitas, mas eu acredito que chegaremos a um acordo eventualmente", disse o presidente-executivo da China mobile, Li Yue, segundo a mídia chinesa.

A Apple China se recusou a comentar. A China Mobile disse não ter novidades sobre as discussões com a Apple.

A concorrência com companhias chineses derrubou a Apple no terceiro trimestre para sexto lugar no mercado chinês de smarphones, perto de virar o maior do mundo neste ano, informou a empresa de pesquisas IDC.

Acompanhe tudo sobre:AppleÁsiaChinaEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaIndústria eletroeletrônicaSmartphonesTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes