gm (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2014 às 06h35.
Reguladores federais dos EUA rejeitaram duas vezes abrir uma investigação formal sobre a General Motors e a empresa recusou em 2005 uma proposta para consertar veículos com defeitos na ignição porque isso consumiria muito tempo e dinheiro, disseram investigadores do Congresso.
A informação foi divulgada por uma equipe do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes e tem como base documentos da Administração Nacional de Segurança de Tráfego em Rodovias (NHTSA, na sigla em inglês), declarações de funcionários da GM e de dois fornecedores, além de cerca de 200 mil páginas em documentos da empresa e mais 6 mil páginas em gravações da NHTSA.
Na sexta-feira, a GM convocou um recall de mais 971 mil veículos para trocar a ignição de alguns modelos de veículos, cujo defeito está associado a pelo menos 13 mortes. Com isso, o número total do recall já alcança 2,6 milhões.
Os investigadores questionam por que a GM demorou quase uma década para anunciar o recall de veículos com um problema que pode repentinamente desligar o carro, fazendo com que airbags e freios também parem de funcionar. Os investigadores também querem entender o motivo de os reguladores não terem investigado os carros.
O documento divulgado pelo comitê mostra que os engenheiros da GM se reuniram em 2005 para discutirem mudanças na ignição. Um engenheiro disse que essa era uma peça muito frágil e aconselhou contra mudanças, e posteriormente o gerente de engenharia fechou o caso porque essa alteração demoraria e custaria muito à empresa, além de que "nenhuma das soluções representa um caso de negócios aceitável".
A empresa se recusou a comentar, enquanto a NHTSA disse que "revisou os dados de uma série de fontes em 2007, mas os dados que estavam disponíveis no momento não garantiam uma investigação formal". Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.