Tecnologia

Internet lidará com 100 bilhões de dispositivos em 2020

Projeção de consultoria estima que 100 bilhões de dispositivos que poderão estar conectados à internet no ano de 2020, gerando grandes desafios aos provedores


	Uso da internet: provedores deverão garantir "estratégias confiáveis" que possibilitem superar os eventuais contratempos, segundo empresa
 (.)

Uso da internet: provedores deverão garantir "estratégias confiáveis" que possibilitem superar os eventuais contratempos, segundo empresa (.)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2015 às 20h50.

Bogotá - Os 100 bilhões de dispositivos que poderão estar conectados à internet no ano de 2020 gerarão desafios de enormes proporções aos provedores mundiais, especialmente na América Latina, projetam os cálculos do grupo francês de telecomunicações Alcatel Lucent e os Laboratórios Bell.

"São desafios enormes que requerem as melhores soluções", explicou nesta segunda-feira em entrevista à Agência Efe Javier Eduardo Rey, vice-presidente de vendas para a América Latina do grupo, que considerou que as necessidades das empresas de comunicação crescem a cada dia e o mercado não foi suficientemente ágil e inovador para satisfazê-las.

Um cenário que, segundo a companhia, exigirá um serviço de vídeos sob demanda dez vezes mais rápido que o atual, assim como servidores robustos que deverão abrigar milhões de dados de cerca de 7 bilhões de usuários de diferentes dispositivos, como telefone celulares, computadores, e, principalmente, a "internet das coisas".

Para atender a esse crescimento, número que supera amplamente a população mundial, os provedores deverão garantir "estratégias confiáveis" que possibilitem superar os eventuais contratempos, de acordo com a companhia francesa.

Os principais obstáculos estão nos próprios sistemas das empresas. Os usuários exigirão maior conectividade e acesso mais simples à informação sem se importar com sua localização geográfica.

"Há soluções no mercado, mas elas foram criadas para certas necessidades que, quando têm que dar um suporte maior, não funcionam", afirmou Rey, que apontou o crescimento do mercado na América Latina.

"É a região que mais cresce no uso das redes sociais e onde mais se demanda por soluções, como no serviço de vídeos que exigem ainda mais das redes", explicou o executivo, que não descartou que grande parte dos equipamentos conectados na internet no futuro tenha origem latino-americana.

Nesse sentido, a empresa de consultoria francesa afirmou que essas particularidades representam um desafio maior para região e recomendou "assegura que as redes, a tecnologia e as soluções de comunicações sejam suficientemente robustas, escaláveis e dinâmicas para enfrentar o crescimento do número de conexões".

"As empresas latino-americanas não estão preparadas. O pior é que muitas delas pensam estar preparadas e não estão", criticou Rey.

Um dos problemas está nos erros na segurança dos dados dos usuários na internet, uma possibilidade da qual nenhuma das companhias está isenta e que requer "uma melhor arquitetura da rede para garantir o acesso à informação".

"Nossa principal recomendação passa por não subestimar o impacto, cada vez maior, da necessidade de seus empregados e clientes de ter acesso à informação e conteúdos de forma remota com a mesma qualidade de serviço e experiência da mesma forma como se estivessem sentados em seus escritórios", acrescentou executivo.

Rey destacou também o papel dos governos no processo e classificou sua contribuição como "fundamental" porque aumentar a conectividade e estabelecer o conceito de cidades inteligentes "não só requer o suporte e o impulso estatal, mas também incentivos fiscais e regulatórios para se tornar viável a longo prazo".

"Redes dinâmicas, flexíveis e escaláveis que facilitem as conexões quase infinitas para os usuários. Sistemas virtualizados para que sejam de fácil administração são a resposta aos desafios atuais", concluiu o vice-presidente da Alcatel Lucent.

Acompanhe tudo sobre:InternetTelecomunicações

Mais de Tecnologia

Brasileiros criam startup para migrar tuítes antigos para o Bluesky

Google pode ter que vender Chrome para reduzir monopólio no mercado de buscas; entenda

Conheça a Lark: a nova aposta da ByteDance para produtividade no Brasil

O homem mais rico da Ásia anuncia planos para robôs humanoides em 2025