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Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2015 às 09h22.
Sites habitualmente bloqueados na China, como Google, Facebook, Twitter e Youtube, foram liberadas para acesso no centro de imprensa montado em Pequim para a cobertura do Campeonato Mundial de Atletismo.
A medida é a mesma tomada nos Jogos Olímpicos de 2008 e na cúpula de líderes da Ásia-Pacífico, realizada no ano passado, com a criação de uma rede especial para jornalistas, a fim de que o trabalho não seja prejudicado pelos frequentes bloqueios.
Para poder acessar esta "internet sem censura" é necessário introduzir códigos que aparecem nas credenciais distribuídas para os participantes da cobertura do Mundial, por isso se espera que nem mesmo os integrantes do partido político do governo façam uso desta rede.
Sete anos atrás, nos Jogos Olímpicos, os organizadores liberaram o sinal após as primeiras queixas de atletas e jornalistas, que ao desembarcar na capital chinesa, comprovaram que não seria possível navegar nos sites mais populares do mundo.
A China possui a maior comunidade de internautas do mundo, superior a 1 bilhão de usuários, se forem considerados também os que entram na rede através de smartphones. Por outro lado, é um dos países que exerce maior controle de conteúdo.
O governo chinês nunca dá explicações sobre os motivos por trás dos bloqueios, embora, no caso das redes sociais, atuou contra elas em casos que serviram para ampliar protestos populares, como aconteceu em 2009, com o impedimento de acesso a Twitter e Facebook.
O Campeonato Mundial de Atletismo será realizado em Pequim entre os dias 22 e 30 de agosto, no estádio Ninho do Pássaro.