Schmidt: "Um mundo altamente personalizável, interativo e muito, muito interessante surgirá" (Ruben Sprich/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 16h19.
São Paulo - O Google é uma das marcas que, hoje, mais depende da web para faturar e simplesmente existir.
Mas o presidente da companhia, Eric Schmidt, acredita que a internet, base de praticamente todos os negócios da empresa, logo irá desaparecer.
A declaração foi dada pelo executivo durante o Fórum Econômico Mundial, realizado nesta semana em Davos, na Suíça.
Quando questionado sobre o futuro da rede, Schmidt foi direto: "Eu responderei simplesmente que a internet irá desaparecer".
O presidente do Google, no entanto, não previu um cenário catastrófico e nem nada do gênero.
Schmidt quis dizer que a internet logo estará tão integrada a tudo que, em breve, praticamente não a veremos mais.
Ou seja, a chamada Internet das Coisas, hoje já muito presente, em breve deverá predominar.
"Haverá tantos endereços IP, tantos dispositivos, sensores, itens que você vestirá, coisas que você interagirá, que você nem vai mais notá-la. Ela será parte de sua vida o tempo todo", completou, segundo o Hollywood Reporter.
Para o executivo, logo será possível entrar em uma sala e, com a permissão do usuário, interagir com tudo que acontece ali dentro.
"Um mundo altamente personalizável, interativo e muito, muito interessante surgirá", segundo o presidente do Google – que, após adquirir a Nest, já começou a caminhar rumo a essa previsão.
A visão de Schmidt relacionada ao crescimento da Internet das Coisas não é única, por sinal.
Vint Cerf, um dos pioneiros da web, disse ainda em 2013 que o conceito será muito bem-sucedido, e Hu Yoshida, CTO da Hitachi Data Systems, previu em entrevista a INFO que em 2020 tudo será diferente graças à ideia de fazer tudo se comunicar.
Entre as empresas, a Apple deu um passo em direção a esse futuro de Schmidt ao lançar seu próprio certificado de integração.
A Samsung, por sua vez, anunciou durante a CES deste ano que todos os seus produtos estarão conectados em cinco anos.
Por fim, a Intel é talvez a mais "empolgada" em relação à ideia de conectar tudo.
Em 2013, a empresa criou uma divisão interna destinada apenas aos dispositivos conectados, e a iniciativa trouxe resultados já em 2014 com o pequeno Edison.
Em 2015, então, vimos o nascimento do Curie, um SoC do tamanho de um botão, e o anúncio de que o setor ainda jovem compõe 2,1 bilhões de dólares da receita da companhia.