Rio 2016: a rede olímpica terá velocidade de 40 Gigabits por segundo, conectando mais de 60 mil pontos de acesso à rede (Divulgação/Rio 2016/ Alex Ferro)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2016 às 17h53.
O serviço de 3G e 4G na cidade do Rio de Janeiro será reforçado durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, em agosto e setembro.
A medida integra a infraestrutura de telecomunicações para as competições, apresentada hoje (8) pelo Grupo América Móvil, que engloba as marcas Claro, NET e Embratel, patrocinadoras oficiais de serviços de telecomunicações dos dois eventos.
“A gente já tem uma infraestrutura robusta, uma das maiores da América Latina, e, em cima das necessidades de demandas muito específicas do Comitê Olímpico Internacional (COI), a gente teve que criar outras infraestruturas, algumas temporárias”, disse o diretor executivo de Negócios e Marketing da Embratel, Marcello Miguel.
Além do reforço da banda larga móvel, 97 novas estações de transmissão serão instaladas para suportar o uso de celulares na cobertura dos eventos, entre outras medidas.
A base de telecomunicações do Rio 2016 será o Backbone Olímpico Embratel. A rede olímpica terá velocidade de 40 Gigabits por segundo, conectando mais de 60 mil pontos de acesso à rede, segundo o grupo responsável pelo serviço.
Na telefonia, serão fornecidas 20 mil linhas móveis, de voz e dados, para atender à organização da Rio 2016.
A NET disponibilizará ainda 12 mil pontos de TV por assinatura, dez mil linhas de telefonia fixa e oito mil pontos de acesso wifi espalhados pela cidade, Vila Olímpica e locais de competição.
Segundo Miguel, o Olimpíada e a Paralimpíada do Rio serão “as mais conectadas da história dos Jogos”.
Um dos motivos para isso, segundo ele, é o fato de que cada vez mais pessoas utilizam equipamentos de acesso à rede, como smartphones, na comparação com megaeventos do mesmo porte há dois ou quatro anos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada de Londres.
Transmissão
Caberá à Embratel fornecer a rede de fibra óptica que captará os sinais de vídeo de todas as competições esportivas da Rio 2016. Os sinais serão entregues ao International Broadcast Centre, de onde sairão imagens para cerca de cinco bilhões de telespectadores de 200 países.
De acordo com o Grupo América Móvil, serão mais de sete mil horas de transmissão para atender a todas as emissoras detentoras de direitos no mundo.
O site oficial dos Jogos Rio 2016 e o de venda de ingressos estão hospedados nos data centers da Embratel.
Legado e atletas
O valor dos investimentos para infraestrutura de telecomunicações da Olimpíada não podem ser divulgados por causa do contrato com Comitê Olímpico Internacional (COI) e com o Comitê Olímpico do Brasil (COB).
O grupo informou apenas que, nos últimos cinco anos, R$ 30 bilhões foram investidos no país, e uma parte contemplou a estrutura para a Rio 2016.
A maior parte da infraestrutura física de telecomunicações montada para os jogos será reaproveitada e ficará como legado para o Rio de Janeiro, melhorando o serviço para os clientes dos serviços na cidade, segundo Miguel.
Uma das cláusulas contratuais envolvia o apoio ao esporte, o que levou o grupo a ampliar patrocínios a atletas.
Mais de 20 esportistas de alto rendimento olímpico e paralímpico serão apoiados pelas marcas do grupo, entre os quais se destaca o campeão das argolas na ginástica olímpica Arthur Zanetti, a judoca Sarah Menezes, o jogador de vôlei de praia Alison Cerutti, e o campeão paralímpico de natação Daniel Dias.