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Inteligência artificial pode prever mortes prematuras, diz estudo

Pesquisa em Nottingham diz que machine learning melhorará a saúde preventiva

Saúde do futuro: a união entre máquinas e humanos (Oli Scarff/Getty Images/Getty Images)

Saúde do futuro: a união entre máquinas e humanos (Oli Scarff/Getty Images/Getty Images)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 16 de abril de 2019 às 05h55.

Última atualização em 18 de abril de 2019 às 17h52.

São Paulo – Um estudo realizado por especialistas da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, indica que computadores que são capazes de prever mortes prematuras de humanos serão de grande ajuda para a medicina preventiva do futuro.

Liderado pelo professor assistente de epidemiologia e ciência de dados, Stephen Weng, o time de pesquisadores desenvolveu um sistema que aprende automaticamente (por meio de machine learning) a desenvolver algoritmos para prever o risco de mortes prematuras por doenças crônicas em uma população.

"Saúde preventiva é uma crescente prioridade na luta contra doenças sérias, então nós estamos trabalhando por muitos anos para melhorar a precisão das análises computadorizadas sobre riscos de saúde na população geral", disse Weng ao site da Universidade de Nottingham, complementando que as tecnologias atuais tendem a focar em apenas uma área de risco.

O sistema desenvolvido pelos pesquisadores é capaz de prever riscos baseando-se em dados sobre a demografia, a biometria, os resultados clínicos e até o estilo de vida de cada indivíduo avaliado, incluindo seu consumo diário de frutas, vegetais e carnes. "Nós descobrimos que máquinas automatizadas para ler algoritmos são significantemente mais precisas do que a previsão comum realizada por um humano", afirma o professor.

Os pesquisadores também utilizaram dados de mortalidade oficiais do país, o registro de câncer do Reino Unido e estatísticas hospitalares.

As máquinas programadas com inteligência artificial são como um upgrade de um modelo de cálculo conhecido como "Regressão de Cox", que se baseia na idade e no gênero dos indivíduos para realizar previsões, o que dificilmente apresentava precisão nos resultados.

Joe Kai, um dos acadêmicos participaram da pesquisa, disse que o interesse pelas inteligência artificial na saúde é crescente e significativo, ainda que nem sempre seja a melhor opção. "Essas técnicas podem ser novas para muitos que trabalham com pesquisa em saúde e difíceis para acompanhar. Acreditamos que reportando claramente esses métodos de uma maneira transparente, isso pode ajudar na pesquisa científica e no futuro desenvolvimento desse emocionante campo para a assistência médica."

Os pesquisadores da Universidade de Nottingham acreditam que a inteligência artificial será de grande ajuda para a medicina do futuro, e novas pesquisas devem validar esses algoritmos em outros grupos de pessoas e explorar outras maneiras para implementar esses sistemas na prevenção de doenças.

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