"América Latina continuará crescendo 25% em faturamento ao ano nos próximos quatro anos e o Brasil tem crescido ainda acima da média da região”, conta Steve Long. (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2011 às 13h35.
São Paulo - O bom momento econômico vivido pela América Latina, em especial pelo Brasil, não está passando despercebido e todas as atenções se voltam para a região. Agora, foi a vez da Intel ressaltar a importância desses mercados no consumo de computadores e anunciar a intenção de triplicar o faturamento no mercado nacional até 2015.
“Acreditamos que a América Latina continuará crescendo 25% em faturamento ao ano nos próximos quatro anos e o Brasil tem crescido ainda acima da média da região”, conta o diretor geral para América Latina da Intel, Steve Long.
De acordo com o executivo, foram vendidos 135 milhões de computadores na América Latina nos últimos 26 anos; e apenas nos últimos quatro anos, foram vendidos outros 135 milhões, fazendo a participação da região nas vendas mundiais subir de 6% para 10%.
A aceleração das vendas foi causada principalmente não pela venda de desktops, mas pela maior adoção de dispositivos móveis como notebooks, netbooks e “Até 2015, o volume de vendas deve dobrar na região e acredito que podemos fazer a participação da América Latina aumentar outros 3% ou 4%”, estima Long.
Brasil
Hoje o Brasil representa mais de 40% do mercado da Intel na América Latina e, segundo Long, as políticas governamentais estáveis nas áreas de produção industrial, educação e banda larga; a ascensão da classe C; e o aumento da adoção de tecnologia por parte de empresas de pequeno e médio portes darão o respaldo necessário para a empresa triplicar seu faturamento no País até 2015.
A Intel tem trabalhado junto a teles para formatar uma parceria para incentivar a inclusão digital na esteira do Plano Nacional de Banda Larga e, de acordo com o presidente da Intel Brasil, Fernando Martins, até meados de dezembro o primeiro acordo com uma operadora de telecomunicações deve ser anunciado. Martins preferiu não dar detalhes, mas lembrou da parceria com a Telmex, no México, na qual a própria operadora vendia computadores a seus clientes.
“Não acredito que o modelo do México se aplique ao Brasil, até porque aqui temos um cenário bem diferente, com um varejo forte e boas condições de parcelamentos. E essa é a questão, até o momento, o varejo não foi envolvido”, lembra o executivo. A ideia é gerar um modelo sustentável para a oferta de uma banda larga mais barata e de maior qualidade, conta.
Contudo, por melhores que sejam os esforços do governo brasileiro, eles ainda não são suficientes para que a Intel planeje uma planta local de produção. “No momento não temos plano nenhum. É um investimento grande, de mais de US$ 6 bilhões, e é preciso escala global”, diz.
Bytes
Em 2010, cerca de 245 exabytes trafegaram pela Internet e a expectativa é de que esse volume quadruplique até 2015. Para o Brasil, a estimativa de crescimento no período é ainda maior: de oito vezes.
E todo aumento de tráfego implica necessariamente em um aumento do número de servidores em rede. “Cada 600 smartphones transferindo dados ou acessando conteúdos na nuvem requerem um servidor e cada 100 tablets demandam mais outro servidor. Essa explosão de mobilidade também impulsiona o mercado de computadores.
Intel Developer Forum
O Brasil será palco também da próxima edição do Intel Developers Forum (IDF), em fevereiro de 2012. O IDF é o maior evento mundial da Intel, reunindo empresas, executivos e desenvolvedores para demonstrar e discutir os rumos da indústria.