A Intel deseja tornar os laptops mais atraentes para os consumidores, que estão cada vez mais atraídos pelo iPad (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 10h44.
Taipei/São Francisco - A Intel exibiu uma nova categoria de laptops que, segundo ela, incluirão os melhores recursos dos laptops, como parte dos esforços da maior produtora mundial de chips para conquistar espaço no explosivo mercado de aparelhos móveis.
A pioneira dos netbooks Asustek mostrou o UX na segunda-feira, primeiro modelo na classe "Ultrabook," da Intel, na feira de computação Computex, em Taiwan. A Intel informou que modelos produzidos por outros fabricantes estariam à venda antes do Natal, a preços inferiores a mil dólares.
Os ultrabooks serão esbeltos e leves mas contarão com processadores de alto desempenho. Devem responder por 40 por cento dos laptops vendidos, até o final do ano que vem, disse Tim Kilroy, vice-presidente da Intel, em entrevista à Reuters em San Francisco.
"Estamos em busca de modelos com alto poder de resposta. Serão máquinas de acionamento rápido e conexão permanente, com capacidade de resposta muito maior, semelhante à que se vê nos tablets atuais, como o iPad", disse.
Em Taipei, na terça-feira, Mooly Eden, vice-presidente da Intel, definiu os ultrabooks como "uma categoria diferente" dos tablets e dos notebooks, e expressou a esperança de que atraiam uma categoria diferente de consumidores.
"Haverá certa confusão devido ao fator dobra; com o aparelho aberto, você verá um computador, mas se quiser usá-lo sem abrir terá um tablet. É um computador? É um tablet? Não acho que importa", disse Eden em entrevista coletiva.
A Intel deseja tornar os laptops mais atraentes para os consumidores, cada vez mais atraídos pelo Apple iPad e outros aparelhos móveis.
Os processadores da companhia acionam 80 por cento dos computadores mundiais, mas a Intel até agora não conseguiu adaptá-los para uso em tablets e celulares inteligentes. Fabricantes como a Motorola e a Apple preferem processadores fabricados com tecnologia para uso eficiente de energia, licenciados pelo grupo britânico ARM Holdings.
Comentando sobre a concorrência com a ARM, Eden disse que a Intel chegou tarde ao mercado de tablets, mas não "fracassou."
"Chegamos tarde. Hoje há muitos tablets sem chips Intel, mas estamos fazendo grande esforço para recuperar o atraso. E acredito que tenhamos conseguido, nos tablets," disse.