Instagram Lite: a nova versão tem apenas 2 MB (Reprodução/Getty Images)
Laura Pancini
Publicado em 10 de março de 2021 às 09h30.
Na quarta-feira (10), o Facebook anunciou o lançamento de uma versão mais leve do Instagram, o Instagram Lite, em 170 países. O intuito é levar o aplicativo até pessoas com internet de baixa qualidade, que terão a oportunidade de acessar a rede social de fotos e vídeos.
A versão só está disponível para Android. Comparado aos 30 megabytes (MB) do Instagram, a sua versão lite requer apenas 2 MB e funciona mesmo em redes 2G, ampliando seu acesso para partes da Índia, África, Ásia e América Latina.
“Esses são os mercados onde há maior necessidade”, disse Tzach Hadar, diretor de gerenciamento de produtos do Facebook em Israel, à Reuters. “Ele usa muito menos dados, então, se você tiver um pequeno pacote, não vai ficar sem dados ao usar o serviço. Mas o objetivo é darmos a mesma amplitude de experiência que você obtém no Instagram.”
A experiência geral do aplicativo continua a mesma, mas várias funcionalidades foram removidas. O IGTV, função que possibilita postagem de vídeos longos, o Reels, voltado para vídeos curtos que simulam o estilo do Tik Tok, e a ferramenta de Shopping não estão presentes na versão Lite.
Esta não é a primeira vez que o Instagram Lite aparece na Google Play Store. Ele já foi lançado em 2018 para países como México, Quênia e Filipinas, mas foi removido da loja de aplicativos no início de 2020. O motivo da remoção total era incerto até dezembro de 2020, quando a nova versão foi lançada na Índia, maior mercado do Facebook segundo dados do site Statista.
Sobre o lançamento global, Hadar afirma que 170 países não representam tudo e sim “um passo no caminho”. Por enquanto, a nova versão não está disponível no Brasil.
Eventualmente, o Instagram deve seguir os passos do Facebook, que já tem uma versão mais leve disponível há cinco anos.
Os planos de Zuckerberg de alcançar países mais pobres têm outras esferas, com um serviço Express Wi-Fi sendo desenvolvido em Israel para levar o acesso à Internet para 20 países da África, Ásia e América do Sul. Hadar disse que uma carteira digital para o Facebook também está em desenvolvimento: “Você tem cerca de 2 bilhões de pessoas que não têm acesso ou têm acesso limitado a bancos e serviços financeiros e há dezenas de bilhões de dólares sendo gastos apenas em taxas para migrantes que desejam enviar dinheiro de volta para suas famílias”, disse ele.