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Indústria de fast food destrói as florestas do planeta (e não está preocupada com isso)

A UCS descobriu que das 10 empresas analisadas apenas quatro estão preocupadas em reduzir a quantidade de óleo de palma ou em comprar de fontes sustentáveis

Donut (bochalla/Photopin)

Donut (bochalla/Photopin)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 09h29.

A indústria de fast food sabe que destrói as florestas do planeta, mas parece pouco preocupada em reverter esse cenário. A União dos Cientistas Preocupados (UCS, na sigla em inglês) avaliou os esforços das principais empresas contra o desmatamento e descobriu dados alarmantes.

Essa indústria depende da carne produzida em massa e do óleo de palma para produzir desde hambúrgueres até rosquinhas. Só o óleo de palma é usado em metade de todos os alimentos embalados vendidos nos Estados Unidos, especialmente em biscoitos, bolachas e sopas. Mas também é a maior causa de destruição da floresta. E os restaurantes não pensam em retirar esses ingredientes das receitas para combater o desmatamento.

A UCS descobriu que das 10 empresas analisadas apenas quatro estão preocupadas em reduzir a quantidade de óleo de palma ou em comprar de fontes sustentáveis. Destes, apenas McDonald’s e Subway têm fortes políticas que os levaram a uma pontuação positiva.

A pontuação geral do McDonald’s o inseriu na categoria "um pouco compromissado", enquanto Subway foi inserido na categoria "com algum compromisso." Já as outras empresas, que incluem Starbucks, Burger King, Dunkin’ Donuts e o Yum! Group (KFC, Taco Bell, Pizza Hut) foram classificadas como "sem nenhum compromisso".

Dunkin' Donuts e McDonald's parecem compromissadas em comprar todo o óleo de palma da Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável (RSPO, na sigla em inglês), uma fonte certificada, até 2020. Mas os padrões da RSPO para a certificação de óleo de palma não são tão bons. Além disso, há registros de desmatamento mesmo em áreas protegidas pela RSPO. 

 (Crédito da foto: Union of Concerned Scientists)

Muitas organizações ambientais estão infelizes com o trabalho da RSPO em países produtores de óleo de palma, como na Malásia e na Indonésia. Enormes extensões de florestas tropicais desses países foram destruídas para dar lugar à plantação de árvores de óleo de palma.

A destruição dessas florestas também colocou espécies como os Orangotangos-de-Sumatra e Orangotangos-de-Bornéu em perigo. Pesquisadores de Bornéu e Sumatra concluíram que se medidas drásticas na plantação não forem tomadas, as duas espécies entrarão em extinção inevitavelmente.

Infelizmente, é pouco provável que a indústria de fast food mude seus hábitos, a não ser que os consumidores exijam essa atitude. Como pode ser difícil controlar a vontade por um Big Tasty ou por um donut, a UCS pede aos consumidores que avaliem e enviem mensagens para essas empresas informando que desejam mudanças.

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