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Índia se prepara para enviar primeira missão tripulada ao espaço em 2021

O governo do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, aprovou orçamento de mais de US$ 1,4 bilhão para a missão Gaganyaan

Kailasavadivoo Sivan, chefe da agência espacial, diz que a Índia enviará sua primeira missão tripulada ao espaço até dezembro de 2021 (Manjunath Kiran/AFP)

Kailasavadivoo Sivan, chefe da agência espacial, diz que a Índia enviará sua primeira missão tripulada ao espaço até dezembro de 2021 (Manjunath Kiran/AFP)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 11h42.

Nova Délhi- A Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO) informou nesta sexta-feira que trabalha na seleção da equipe e dos astronautas para a missão Gaganyaan, que colocará três pessoas em órbita durante sete dias em dezembro de 2021.

A agência espacial indiana terminará este ano a formação do Centro de Voo Espacial, a seleção e o treino da equipe que trabalhará na missão, e a seleção dos astronautas, disse em entrevista coletiva em Nova Délhi o chefe da ISRO, Kailasavadivoo Sivan.

"Para o Programa Gaganyaan já criamos uma estrutura de gestão na ISRO", afirmou Sivan, que confirmou que "uma primeira missão não tripulada está programada para dezembro de 2020, a segunda missão não tripulada para julho de 2021 e o verdadeiro voo espacial humano para dezembro de 2021".

"Na primeira missão nos certificaremos de que tudo está bem. Assim que soubermos que que tudo funciona, voltaremos a repeti-la", acrescentou.

O governo do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, aprovou no dia 28 de dezembro um orçamento de mais de US$ 1,4 bilhão para a missão Gaganyaan, o plano espacial mais ambicioso desenvolvido até agora no país.

O chefe da agência espacial indiana se referiu também ao lançamento da segunda missão espacial da Índia à Lua, a Chandrayaan-2, que, disse, está programada para acontecer em meados de abril, após estar prevista inicialmente para 2018, e depois ter sido reprogramada para o início de fevereiro deste ano.

O plano de lançamento foi posposto em duas ocasiões, em primeiro lugar para fazer ajustes na tecnologia do satélite, e depois porque os testes necessários não foram completados no tempo previsto.

"Não pudemos fazê-lo porque os testes não estavam completos", disse Sivan ao ser consultado sobre a demora do lançamento do veículo desenvolvido completamente com tecnologia indiana.

A Chandrayaan-2 é a segunda missão de exploração lunar da Índia projetada depois que sua versão anterior, a Chandrayaan-1, foi colocada na órbita lunar em novembro de 2008.

Ao ser perguntado sobre a sonda chinesa Chang'e 4, que pousou na Lua no último dia 3, o chefe da agência espacial indiana esclareceu que, ao contrário da missão do país vizinho, a Chandrayaan-2 "vai pousar na Lua em um lugar no qual ninguém pousou" antes.

A Índia, com um dos programas espaciais mais ativos do mundo, começou a colocar satélites na órbita da Terra em 1999 e faz parte do seleto grupo de países que dispõem de sistema de navegação por satélite, no qual figuram os Estados Unidos (GPS) e a Rússia (GLONASS), entre outros.

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