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InCor lança programa para conhecer saúde de ciclistas paulistanos

O estudo pretende englobar pessoas de de todas as idades que usem a bicicleta como meio de transporte, lazer ou prática de atividade física

Sombra de ciclista (Transporte Ativo via Flickr)

Sombra de ciclista (Transporte Ativo via Flickr)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 12h14.

O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Incor, lançou hoje (1º) o Programa Pedal, com o objetivo de conhecer o perfil dos ciclistas da cidade de São Paulo. O estudo pretende englobar pessoas de de todas as idades que usem a bicicleta como meio de transporte, lazer ou prática de atividade física.

A ideia é utilizar os resultados para dar diretrizes à administração municipal que vai elaborar políticas públicas nas áreas de saúde e mobilidade urbana, promovendo, assim não só o ciclismo como também a segurança dos praticantes.

De acordo com o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, para participar do projeto e responder aos questionamentos que servirão como base científica para as análises, o ciclista deve acessar o site do InCor, onde haverá um link para o programa. "Queremos conhecer o perfil do ciclista: quem são, se têm acidentes, se têm alguma doença como asma, insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão, porque eventualmente fazer exercícios em locais com poluição pode ter um efeito na saúde".

O coordenador do programa explicou ainda que um conselho será formado para, a cada dois meses, avaliar quem são as pessoas que estão se cadastrando, como aprimorar esse cadastro e projetos de pesquisa com base nesses dados.

Ubiratan ressaltou que, mesmo com a poluição da cidade e seus efeitos negativos, estudos mostram que pedalar é uma maneira saudável de se exercitar. "Claro que [o ideal] é fazer exercícios em um local sem poluição, porque a pessoa, ao fazer exercício, ventila mais em busca de oxigênio e com ele [o oxigênio] vêm também os poluentes. Para as pessoas que têm alguma doença precisamos avaliar melhor os efeitos, mas para aquelas que não têm nada é muito bom".

O médico disse ainda que os resultados serão encaminhados às autoridades, para que se discutam medidas para minimizar possíveis impactos negativos. As medidas incluem implantação de ciclovias em locais alternativos às vias de grande tráfego, redução do uso de veículos a diesel e melhora no sistema de filtragem de resíduo em motocicletas.

Editor Denise Griesinger

 

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