787 (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Seattle/Paris - A Boeing enfrenta um teste público e revelador da tecnologia de carbono utilizada no 787 Dreamliner, depois de um incêndio que ocorreu a bordo de um de seus aviões no aeroporto de Heathrow, em Londres.
Investigadores britânicos dizem que as baterias de íon de lítio do avião da Ethiopian Airlines provavelmente não provocaram um incêndio na sexta-feira, aliviando temores sobre um retorno do problema que levou ao cancelamento dos voos com aviões Dreamliner por mais de três meses no início deste ano, quando uma bateria pegou fogo e outra superaqueceu.
Wall Street e os passageiros, até agora, parecem pouco preocupados: espera-se que a ação se estabilize nesta segunda-feira depois de cair 4,7 por cento na sexta-feira. As companhias aéreas estão mantendo seus 787 no ar e os passageiros não estão cancelando viagens no Japão, o maior mercado do 787.
Mas o fogo visível na parte superior traseira do avião de 250 lugares coloca uma grande inovação do 787 - a sua leveza, a construção com carbono-plástico - sob um holofote com um novo conjunto de questões em torno do avião.
A questão é: o avião que pegou fogo pode ser consertado facilmente e a um custo razoável? Esses reparos ainda não foram feitos em nenhum avião comercial operacional. Assim, o fogo na Ethiopian Airline é a primeira chance que as companhias aéreas, financiadores e os concorrentes tem de ver um exemplo real de como e qual o custo do reparo que pode ser feito.
"Todo mundo na indústria vai acompanhar atentamente este processo", disse Hans Weber, presidente da Tecop Internacional e um consultor de aviação que já trabalhou em tecnologia de testes de composição. "É o teste final."